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Honda CB 500 X e F 2020: venha conhecê-las na nossa garupa! (Foto: Divulgação)

Em nome da eficiência

Hondas CB 500 X e F 2020 têm muitas novidades visuais e mecânicas. Aceleramos as duas!


Roberto Dutra

Honda

04/03/2020 14h15

As CB 500 estão de cara nova na linha 2020. E fomos a Campos do Jordão, na serra paulista, a convite da Honda, para conhecê-las e fazer um test-drive bem bacana. A primeira novidade, já de cara, é a extinção da versão esportiva R. A sedução dos admiradores desse tipo de moto ficará a cargo da versão carenada da CB 650 2020 - que, aliás, conheceremos este mês. A linha CB 500 fica, apenas, como as versões F e X - a naked e a crossover, respectivamente.

As duas têm novas aletas laterais bonitas, faróis com visual mais sofisticado e agora full-LED, e ainda bancos, espelhos, guidons e painel de LCD novos - este, o "blackout", com fundo preto, o mesmo de outras motos da marca. Este painel tem indicador digital de marcha engatada e luz de "shift-up", que avisa o momento ideal para subir a marcha. Vem programado para piscar nas 8.750rpm, mas pode ser ajustado a partir de 5.000rpm.

As duas versões também receberam novos grafismos - de bom gosto e sem firulas excessivas. E a CB 500 F ganhou um tanque maior - de 17,1 litros, contra 16,7 litros de antes, igualando-se à X.

Mudanças mecânicas

Motor, suspensões e embreagem foram modificados. O bicilíndrico com duplo comando, refrigeração líquida e 471cm³ de capacidade cúbica continua com 54cv de potência a 8.500rpm e 4,5kgfm de torque. Mas a entregas das forças está diferente: o torque, agora, vem nas 6.500rpm (antes vinha em 7.000rpm).

- O motor entrega a potência mais rapidamente e o torque vem mais cedo - resume Alfredo Guedes, engenheiro e assessor técnico da Honda. Segundo ele, a bateria foi reposicionada e, com isso, a moto ganhou novos dutos e comandos de escape e admissão, melhorando o fluxo da entrada de ar. Além disso, a injeção foi remapeada para fornecer uma mistura ar/combustível melhor.

Nas suspensões, alterações discretas. Na CB 500X, o curso aumentou em 1cm na frente e em quase 2cm atrás - passou para 15cm e 13,5cm, respectivamente. Na F não houve aumento no curso, que continua em 12cm na frente e 11,9cm atrás, mas há novas molas e uma calibragem mais rígida no amortecedor. Nas duas a suspensão traseira tem nove regulagens na pré-carga.

Melhor, mesmo, foi a alteração na embreagem, que agora é deslizante e assistida. Assim, não trava naquelas reduções mais severas e o acionamento no manete ficou extremamente leve. As duas CB 500 também ganharam um sistema que, nas frenagens muito fortes, aciona o pisca-alerta automaticamente. Bem legal.

A crossover

Moto para uso urbano, mas com posição de pilotagem próxima à de uma trail e alguma aptidão para fora-de-estrada leve, a CB 500X é a crossover da linha. Na linha 2020, ganhou banco de dois níveis mais estreito e arredondado na parte do piloto - para compensar o 1cm a mais na altura da suspensão- , guidom mais alto e reto, para-brisa 11cm mais alto e, o melhor de tudo, roda dianteira com aro 19 (antes era 17). Isso melhora bastante o uso geral, e mais ainda em pisos não asfaltados. Para completar, os pneus de uso misto agora são 60% on/40% off (antes, eram 80%/20%).

A naked

A desnuda CB 500F ficou mais invocada, meio robótica, mas felizmente sem excessos. Além das novas aletas laterais, tem rabeta mais afilada e uma pegada até mais esportiva. Para quem tem uma naked menor e quer ir para uma maior, mas sem gastar uma fortuna (e ainda matar os amigos de inveja), é ótima escolha.

Hora de acelerar

Na X, encontrei a pilotagem ereta e descansada de sempre, só que incrementada pelo novo guidom ligeiramente mais alto. Os comandos são, como sempre, fáceis de usar. O novo banco mais estreito realmente permite botar os pés no chão mais facilmente. E também ajuda a ficar em pé nas pedaleiras nos trechos "off" da forma correta. Mas... é menos confortável que o anterior. Pelo menos o longo curso das suspensões absorve bem as imperfeições da pista e o piloto não sente tanto os trancos.

No asfalto, a proteção aerodinâmica oferecida pelo novo para-brisa foi apenas limitada: satisfatória em baixas velocidades, mas já a partir dos 80km/h há vento no capacete. Não chega a ser uma turbulência muito incômoda, mas está lá.

Pulei para a F e esperava mais desconforto. Mas, que nada: o banco é mais macio e a anatômico que o da X, permite um correto encaixe do quadril, levando as pernas e os braços às pedaleiras e aos manetes sem qualquer esforço ou necessidade de se esticar ou encolher.

O guidom mais baixo naturalmente cansa os braços mais cedo que na X, mas a F "veste" melhor o piloto. Por consequência, há muito prazer na condução. O cansaço brabo só bate, mesmo, depois de uns 200km.

Em ambas, o tal painel "blackout" é completíssimo e bacana, mas nem sempre fácil de enxergar - no solzão, e se você estiver de óculos escuros, terá alguma dificuldade.

Motor e embreagem

As respostas em giros baixos e médios realmente melhoraram, o motor enche mais rapidamente e por mais tempo e as trocas de marchas ficaram menos frequentes. A embreagem incrivelmente macia não vai cansar nem mesmo em um engarrafamento apocalíptico. E pode sentar o sarrafo na redução, que a roda traseira não trava.

Como a maioria das motos da Honda, as duas CB 500 2020 são fáceis de pilotar, seguras, confiáveis e vão te levar aonde você quiser com tranquilidade. Por outro lado, falta certa "pegada", um ímpeto e uma pitada de emoção que vemos em alguns poucos modelos de marcas concorrentes. As CB 500 são uma escolha boa, mas bem racional. E os preços são honestos: a CB 500X custa R$ 28.900 e a CB 500F, R$ 26.900.

Um tico de história

Para quem não lembra, a sigla "CB" vem de longe. No Brasil, ganhou força com a CB 400, lançada em 1980, e depois com versões, subversões e novas gerações - CB 400II e Sport, de 1982, CBR 450SR, de 1989, CB 450DX, de 1994, e CB 500 - a "italiana" -, de 1997. Esta última saiu de linha em 2005 e seu espaço só foi reocupado em 2013, com uma linha CB 500 realmente nova, que então chegou em três versões - a naked F, a esportiva R e a crossover X.

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