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A visão periférica, também conhecida como visão tangencial, é a capacidade do indivíduo de enxergar pontos e objetos a sua frente e ao redor do seu campo visual.
Tratando-se de uma visão pouco rica em detalhes, onde o indivíduo percebe a presença dos objetos e movimentos, mas nada nítido, quase desfocada, mas muito importante no processo de locomoção das pessoas. A noite a visão periférica diminui consideravelmente. Isso acontece porque a luz incide em nossos olhos de forma retilínea, a frente de nossos olhos. O que está ao redor aparece desfocado.
A visão periférica diminui e quase desaparece em altas velocidades, por que ficamos tão focados a frente para onde estamos nos deslocando que os objetos e movimentos nas laterais não são percebidos.
E aí que reside o perigo para nós motociclistas que por vezes estamos na estrada em altas velocidades, e mais, dependendo do capacete e dos óculos que usamos a nossa visão periférica fica mais prejudicada ainda, ou seja, ela não existe.
Depois de termos conhecimento dessa característica de nossa visão, fica muito simples entender alguns acidentes de motocicleta que a primeira vista nos parece impossível de terem acontecido. Como por exemplo: atropelamento de pessoas, ciclistas e animais nas estradas em retas. Bem como colisão lateral com automóveis ou mesmo outros motociclistas.
Quando estamos pilotando em alta velocidade as coisas acontecem muito rápido, e não temos quase a oportunidade de virar a nossa cabeça para enxergarmos as laterais da estrada. Então quando um animal ou uma bola de futebol, até mesmo um ciclista não é visto, ou melhor, só será visto quando entrar no campo visual a frente do motociclista, Aí em função da velocidade não é possível fazer mais nada, talvez somente, em alguns casos, uma freada emergencial que também poderá jogar o motociclista ao chão.
Temos a total consciência que o que quebra muito, ou leva ao óbito o motociclista não é somente a batida, mas a velocidade com que se bate.
Temos também pleno conhecimento que os retrovisores de qualquer veículo, por mais que o regulemos, dentro dos melhores padrões, não nos proporciona visão completa da retaguarda do veículo, sempre existe o ângulo morto, é nessa hora que a velocidade que estamos nos atrapalha muito a visão periférica e por consequência, se outro veículo também em velocidade entrar no citado ângulo morto, e a visão periférica totalmente prejudicada pela velocidade, acaba nos levando ao abalroamento lateral em pequenas mudanças de trajetória que às vezes somos obrigados a efetuar, o que pode levar muito perigo ao motociclista que está no veículo mais leve e vulnerável.
Com esse conhecimento adquirido, a partir de agora, escolhamos os capacetes e óculos que prejudiquem menos a nossa visão lateral e nos utilizemos de velocidades compatíveis com cada situação da estrada, para que minimizemos o possível a possibilidade de acidentes, e que cheguemos sempre aos nossos destinos inteiros.
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