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Motociclismo e a Sociedade

Andar em comboio, será que eu sei?


19/06/2013 15h45

Uma grande caracterísitca para participar de um comboio de motociclistas é, primeiramente, saber andar em comboio.

Será que todos aqueles que gostam de participar desses passeios e viajens, sabem o que é isso?

Existe uma grande diferença entre, saber pilotar uma motocicleta e saber conduzir uma motocicleta em comboio.

Essa diferença sempre é ratificada quando presenciamos algumas discussões, construtivas é claro, entre alguns dos integrantes logo após um passeio.

Alguns, longe de querer aceitar opiniões diferentes das suas e movidos por uma vaidade descabida por se achar “o melhor”, se tornam motivo de críticas até veladas, mas outros conseguem, além de aprender com a opinião alheia, passam a adquirir experiências que serão ajustes em seus comportamentos equivocados por total desconhecimento ou falta de prática.

Isso é muito bom.

Quem de nós já não presenciou fatos onde, uma falta de atenção no percurso, uma distância necessária não observada, um posicionamento inadequado na faixa de rolamento, uma ultrapassagem duvidosa e mal calculada etc.., tiveram sustos inesperados, apertos no coração ou, até mesmo, alguns acidentes bem desagradáveis?

Nossa humilde experiência nesses 38 anos de motociclismo sem nenhum acidente (Toc..Toc..Toc !!), sendo 12 dos quais na atividade de motociclista militar adquiridos por Cursos de Especialização e através de escoltas de dignitários e comboios, me permite, não como crítica, mas sim observar alguns comportamentos de integrantes de comboios que, em seus deslocamentos por ruas urbanas, ou mesmo, em estradas e rodovias de velocidade considerada, acabam por cometer erros, as vezes involuntáriamente, que podem trazer consequências não desejáveis.

Muitos são os aspectos a serem observados, os quais podemos e devemos aprender, através de rápidos cursos ou palestras fornecidas por montadoras, por lojas, Associações e Federações.

Porém, o que mais considero importante, e extremamente necessário, é ter sempre a consciência de que, quando estamos em um comboio, em um grupo, não devemos tentar impor, às demais pessoas que estão utilizando a mesma via de carro, ônibus, caminhão ou qualquer outro meio de transporte, de que somos os “proprietários” daquele pedaço de estrada/rodovia, e que os demais usuários devem subordinar-se àquele grupo.

Não devemos nos comportar como “Donos da Pista” por estarmos em comboio e julgando que a preferência é sempre nossa em todos os aspectos, sejam nas ultrapassagens, nos cruzamentos, nos posicionamentos nas faixas de rolamento, nos estacionamentos e, até, nas cabinas de padágios sem exclusividade para motociclistas.

Meus amigos; A vivencia e a experiência nos ensinam que, antes de sermos motociclistas, somos tambem, motoristas, pedestres, passageiros ou conduzidos. Devemos respeitar os demais usuários da via através de pequenos gestos de cortezia e educação lembrando que o comportamento dos outros não justifica o nosso comportamento.

Ceder a vez nos pedágios sem cabinas exclusivas e, na existência destas, espalhar os integrantes por outras cabinas sem furar filas, respeitar e ceder alguns cruzamentos, fazer ultrapassagens seguras, não utilizar acostamentos durante as retenções, não xingar motoristas, não buzinar excessivamente como forma de imposição para o uso do “corredor”.

Enfim, ser realmente um condutor consciente, nos fará, sempre, ser vistos como um Grupo de Motociclistas, mesmo que com nossas vestes estilosas na cor “negra” e com nossas “caveiras” símbolo de igualdade.

Agir diferente do socialmente correto é motivos para sermos vistos como um bando de irresponsáveis e a margem da sociedade d e bem.

O resto é curtir o passeio, os lugares, o novos amigos e, principalmente, curtir a vida em nossas máquinas.

Boas estradas.

Cel Dario Cony
30 textos publicados

Coronel da PMERJ, já aposentado. Motociclista Brevetado, com o CFoMES - Curso de Formação de Motociclistas Escoltas e Segurança, concluído em 1979 na Instituição. Como Capitão, foi Coordenador de diversos desses Cursos no Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). Motociclista desde os 21 anos, é casado com Nádia Cony, e Presidente do Family Cony's Motocycle Group, RJ. Como experiente motociclista, é possuidor do Patch de 125.000 Milhas do HOG ( HARLEY OWNERS GROUP). Sua paixão são as estradas, as quais, curte com a sua conhecida " Negona III", uma Harley Davidson, Street Glide / Preta e Dourada, 2016. Seu sonho: Conscientizar os irmãos motociclistas que: " A Motocicleta é um meio de curtir a vida, e não, um objeto para buscar a morte".

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