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Motociclismo e sociedade
As motocicletas modernas oferecem aos usuários três tipos de transmissão. Essa transmissão é a maneira que os fabricantes encontraram para transferir a potência gerada pelo motor para a roda traseira e impulsionar, e dar movimento as motocicletas. Num passado recente só existia no mundo a transmissão por corrente, que ainda é a mais usada nos dias de hoje.
Entretanto, com os avanços tecnológicos, hoje temos a disposição além da corrente, a correia e o eixo cardã, e com isso surgiu entre os motociclistas a dúvida: “Qual será o melhor sistema de transmissão para motocicletas”?
Cada um dos sistemas possui suas vantagens e desvantagens, ficando a critério de cada motociclista o que melhor atender aos seus gostos e desejos.
Passarei a descrever de forma sucinta e simples as características de cada tipo de transmissão.
A tradicional corrente é a mais rudimentar delas, pois para o bom funcionamento e eficiência da mesma é necessário ser bem lubrificada, além de sempre estarmos observando o aperto da mesma, pois corrente frouxa poderá escapar da coroa e provocar até acidentes. Aliado a essa característica existe ainda o desgaste que ela exerce sobre a coroa, pois ambas são de material metálico e com o atrito acabam se desgastando, gerando a esporádica necessidade de troca da corrente, bem como da coroa. Ou seja, necessita de maiores cuidados e gastos com manutenção. No entanto, ela é que transfere a maior potência do motor para a roda traseira, pois de acordo com os fabricantes ela rouba apenas 5% da potência total do motor que chega a roda traseira. A prova disso é que as motos de competição utilizam sempre a corrente.
A correia desgasta muito menos a coroa, de acordo também com os fabricantes uma correia poderá durar até 150.000 quilômetros, e a coroa durará até três vezes mais do que a durabilidade que possui a correia. Assim sendo podemos notar que a manutenção será bem mais esparsa do que a corrente, gerando maior economia do que os gastos com a corrente. Mas em contrapartida, o motor perde 10% da potência gerada pelo mesmo a ser aplicada na roda traseira.
O eixo cardã, a mais moderna das transmissões, praticamente não possui qualquer manutenção durante toda a vida útil da moto. Quando adquirimos motocicleta equipada com eixo cardã temos somente que trocar o óleo do diferencial aos 1.000 quilômetros, e depois disso nunca mais trocaremos esse óleo enquanto a motocicleta estiver em uso. Mas de acordo com os fabricantes esse tipo de transmissão rouba 15% da potência oferecida pelo motor à roda traseira.
Outra característica que deve ser observada sobre esse tema, é que as motocicletas que são equipadas com correia ou eixo cardã possui preço de venda um pouco maior do que as equipadas com transmissão por corrente, isso considerando a mesma cilindrada e o mesmo tipo de motocicleta.
Agora senhores motociclistas com esse singelo conhecimento que humildemente transferi aos senhores, creio que ficará mais simples a escolha da moto que mais atenderá os anseios de cada usuário de motocicletas.
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