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Motociclismo e Homenagem
Nesta ultima semana dois amigos motociclistas nos deixaram e devido a isso fiquei a pensar sobre a vida que nós motociclistas levamos e é claro não tem como pensar em vida se não tivermos a morte como uma parceira, derradeira mas...
Nesta vida o que nós construímos? Casas, empresas, poderes, muita tranquilidade e que de um momento para outro não representam mais nada e o que então pode então representar alguma coisa?
Foi exatamente essa a resposta que eu senti nos momentos mais difíceis de dor e que eu verdadeiramente acredito até porque o cristianismo nos colocou isso desde a mais tenra formação.
A eternidade é uma meta, mas não pós-morte, e sim uma sensação que se experimenta agora com relação concreta de irmãos que se respeitam, se perdoam e se amam.
É assim que podemos garantir a tranquilidade da ultima viagem, afinal de contas não é assim que proporcionamos uma boa viagem agora?
Fazemos uma boa revisão, preparamos a bagagem, combinamos com bons amigos e pronto, a viagens acontece e todos vivem uma experiência de felicidade. Somos muito felizes.
Esse deve ser o mesmo modus operandi para a viagem celeste. A revisão de vida, para sermos capazes de refazer algumas ações que nos torne melhores, fazer projetos que sejam de carne e osso e tenha sentimento.
A Bagagem tem que ser feita de uma forma planejada para que a gente leve nesta vida, coisas que sejam uteis em todas as necessidades e nos deixe confortáveis e por fim, mas não menos importante, os companheiros de vida que nos dê alegria, esperança de dias melhores e nos mostre que a felicidade é para todos nós.
Essa é a viagem que queremos e precisamos fazer, pois se na terra o fim de uma viagem é o começo de uma alegria no encontro, com a família, com os amigos; na ultima viagem, a alegria é estar nos braços de Deus, aquele que nos garante termos feito bem tudo aquilo que Ele nos deu, e que nos dará tudo aquilo que é necessário para continuarmos felizes.
Hoje estou aqui para falar de todos os motociclistas que viveram suas vidas nesta perspectiva de vida eterna, que souberam viver o companheirismo como uma filosofia de vida e não com mecanismo de troca, que encheram nossas estradas de alegria.
Quero então lembrar Rafael “ queijinho” e “seu” Edson, dois motociclistas que com seu jeito motociclista de ser nos conquistaram e nos tornaram melhor com seu jeito de ser. Obrigado amigos pela alegria, fé, sinceridade, amizade, carinho e amor com que vocês estiveram junto com a gente.
NÓS NUNCA OS ESQUECEREMOS, pois todos somos caveira, e voltaremos para o Pai com tudo aquilo que nós fomos e plantamos.
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