Colunistas
Moto e Segurança
Leis e punições severas; fiscalização radical; exigências rigorosas para concessão da CNH; condições definidas para aquisição de motocicletas; proibição de circulação em determinados horários; proibição de trânsito em determinadas vias; rodízio de placas; etc.
Algo tem que ser feito para reduzir os acidentes e conter os abusos dos motoqueiros que já comprometem o sistema viário e fomentam a desproporcional disputa de espaço com os veículos de quatro rodas.
Seria a Motocicleta o transporte ideal para as grandes cidades? Seria, se não fosse a proliferação de um câncer que se irradia sem o controle do Estado e que todos pagam a conta.
A questão não seria tão complexa se houvesse o elementar ingrediente da vida em sociedade, a EDUCAÇÃO DOMÉSTICA.
Visto que a situação demanda tempo para surtir os primeiros efeitos, urgem soluções imediatas e enérgicas para extirpar essa moléstia terminal do seio do Motociclismo.
O Motociclista também é vítima, pois sobre ele recaem os conceitos e preconceitos advindos da conduta dos motoqueiros que pesam não só num simples olhar preconceituoso, como também no bolso.
O Motociclista investe na sua aquisição, investe em equipamentos de segurança, enquanto isso o motoqueiro coloca o capacete no braço, conduz a moto calçado com chinelo, anda com a moto irregular. E o Motociclista paga a conta, o DPVAT é uma delas.
A Motocicleta é hoje alvo de críticas denegridoras, objeto de manchetes, instrumento de politicagens, matéria de esdrúxulos projetos de leis, indústria de oportunidades políticas e sindicais, equipamento de crime, arma letal. Não deveria ser assim e só é em razão dos abusos que cada um de nós testemunha a cada dia, a cada instante.
Precisamos dar um basta. Mas dar um basta de forma austera, deixando a podre hipocrisia de lado; usarmos a objetividade e a seriedade em torno de uma causa justa e de direito. É preciso evoluir os conceitos, o comportamento, as atitudes e a conduta. Basta do mito motoqueiro, pois isso é coisa só cabível nas mentes estagnadas, medíocres e deseducadas.
O Motociclista de estrada, de lazer, de labor, haverá de se impor e fazer valer a sua cidadania sobre a marginalidade (aquele que age fora da lei) que macula o bom uso da Motocicleta.
Já passou da hora de encaramos o Motociclismo como um estilo de vida e a Motocicleta como um transporte, e não como um oba oba, como uma brincadeira descabida, como uma fantasia de final de semana.
Citando Vitor Hugo,
“Nada é menos iminente que o impossível, e o que é sempre necessário prever é o imprevisto.”
Pelo Motociclismo. Com o Motociclismo. Para o Motociclismo.
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