23/02/2013 10h01
Como é de conhecimento dos amigos, minha condição de aposentado permite fazer longas viagens e a participar de eventos e encontros de motociclistas em vários recantos por esse nosso País, dentre eles, Prado/BA, Bonito/MS, Brasília/DF, Imbitúva/PR, Bom Despacho/MG, Formosa/GO, Joinville e Blumenau/SC, Marataízes/ES, São Carlos/SP, Feira de Santana/BA, além de algumas outras maravilhosas cidades por onde passei, fiz amigos e pude trocar informações sobre o motociclismo estradeiro, esse meu grande prazer.
Tudo isso só foi, e é possível, graças há duas Senhoras na minha vida. A primeira é a minha mulher que, por entender minha paixão pelas estradas, está sempre me “liberando” para minhas jornadas.
Já a segunda, é a minha companheira de duas rodas, uma HD Rocker 2009, com quase 78.000 Kms rodados, preta e com suas rodas douradas, carinhosamente chamada de “Negona II”, já que, a Negona I era uma fantástica Honda Shadow 750, com as mesmas características, uma grande estradeira.
Mas hoje não quero escrever sobre minhas aventuras e desventuras, mas sim, homenagear uma marca, uma paixão, um ícone que irá completar 110 anos de existência em agosto deste ano.
Jamais irei desprezar as outras marcas, quer sejam japonesas, alemãs, inglesas ou italianas, as quais possuem reconhecidos valores nas estradas e principalmente no esporte competitivo, mas que, se estivéssemos hoje num concurso de beleza e tradição, certamente ouviríamos de um locutor a seguinte frase: - O prêmio hoje vai para!!!!!.......a mais tradicional, a mais charmosa, a mais marcante e sonora das máquinas de duas rodas, a............Harley Davidson !!!!!.
Mas como eu poderia homenagear uma marca tão famosa, desde sua criação, se não pude presenciar sua evolução desde 1903, já que, eu ainda não havia nascido?
Como eu poderia narrar a emoção sentida pelos proprietários das três primeiras máquinas produzidas, ao vê-las saindo daquele pequeno galpão em Milwaukee, estado de Wisconsin/ EUA, se não me foi possível ali estar?
Como narrar aquele momento, com riqueza de detalhes se, somente depois de 52 anos cheguei nessa vida? Realmente, seria muito difícil expressar em algumas palavras, tudo aquilo que pode ter acontecido naquele histórico dia.
Meus amigos motociclistas e, em especial, aos amantes da Harley Davidson; Seria muito simples copiar ou narrar tudo aquilo que já existe registrado nos livros, documentários, matérias jornalísticas ou outros escriturados tão conhecidos por todos, mas, ao final, teríamos apenas mais um texto elogioso sobre essa grande representante de um estilo de vida, de uma filosofia sobre duas rodas ou de uma lenda, e isso é indiscutível.
Porém, junto a esta simples homenagem, decidi destacar e, também, homenagear, alguns de nossos grandes amigos do Rio de Janeiro, já que, os considero verdadeiras lendas vivas em nosso meio motociclístico, os quais, todos com mais de 65 anos de idade, tiveram a possibilidade de, mesmo que bem jovens nas décadas de 40 e 50, ver passar alguns belos exemplares das antigas Flatheads /1933, as Knuclehead /1936, as modelo “U” “Police”/1937, as XA 1000 (boxer)/1942, as Sportster / 1957, as Duo Glide / 1964, as Eletra Glide / 1965, as FTL Tour Glide/ 1980 e, hoje ainda, desfrutam de suas modernas De Luxes, Heritages, Road Kings, Streets Glide, Eletras Glide, entre outras. Seus relatos em nossos encontros e almoços nos trazem, sempre, muita emoção com suas histórias e experiências sobre os Two Cam, seus primeiros acessórios, cromados, roncos, detalhes, dirigibilidades, etc..etc..,que, se pararmos para ouvir suas histórias, certamente, iremos ver surgir mais alguns cabelos brancos e não veríamos o tempo passar.
Refiro-me aos nossos veteranos Harleyros, Feliciano Penna, Odilon Lacerda, Johnny Boy e Marlos Paraguaçu, dentre outros.
Que DEUS lhes dê muita saúde para que possamos, ainda por muitos anos, ouvir suas histórias e desfrutar de suas companhias por esse fantástico mundo das duas rodas e, em especial, o mundo das Harleys Davidson.
Boas estradas.
