Diário de Bordo

Internacional

Rodando pela America do Sul


03/02/2012 22h34

Nós: Waldir e Juçara – casados, residentes na Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, gostamos de viajar e conhecer lugares interessantes e diferentes, sempre que surge uma oportunidade pegamos a estrada. MACHU PICCHU - Nosso objetivo principal Machu Picchu, e para aproveitar a viagem incluímos no roteiro a BOLIVIA, cidade de La Paz a capital, Lago Titicaca. No CHILE uma visita ao oceano Pacífico em Matarani, Ilo, Iquique, Tocopila e Deserto do Atacama. E na volta passando pela Argentina, cidades de Salta, Corrientes etc.

A VIAGEM

Dia 29 de dezembro 2009 – às 16:00 horas partimos de Campo Grande em direção a cidade de Corumbá- MS, para iniciarmos a nossa viagem aos países vizinhos, é claro uma viagem simples, sem muitos recursos, nosso meio de transporte foi uma motocicleta, que nem bagageiro dispunha, usamos uma mochila para levarmos nossos pertences.Pernoitamos em Corumbá MS.

No dia 30/12, dirigimo-nos a fronteira Brasil/ Bolívia para vistamos os nossos passaportes na migração, tudo tranqüilo sem problemas. Após dirigimo-nos a Aduana para regularizarmos a motocicleta – permissão – para circular com o veículo no território boliviano. Com o “permisso” (Ingresso y Salida de Vehiculos Turísticos) na mão perguntei a pessoa que digitou o documento se haveria algum custo, esta prontamente cobrou o valor de R$ 50,00 reais. Achei estranho, mas paguei.

Na Aduana Boliviana – pediram os seguintes documentos:

- Documento da moto – cópia – documento em nome do condutor – não restrição quanto a alienação fiduciária.

- Passaporte (com visto carimbado) – cópia

- Identidade – cópia

- Permissão de entrada de estrangeiro (fornecido pela migração boliviana) - cópia

Feito todos esses procedimentos seguimos viagem.

A primeira cidade boliviana na fronteira com Corumbá, que é chamada de Arroyo de Concepcion (observe a placa), mas na verdade nós a trocamos por Porto Soares, que fica a 11 km desse local, também por Porto Quijarro é que uma cidade onde fica a estação de trem com o mesmo nome e também Porto Aguirre. Na verdade são varias cidades juntas, podemos dizer assim um micro ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano) paulista.

Nesse dia pernoitamos em São José dos Chiquitos.

Dia 31/12 – Seguimos para Santa Cruz de La Sierra – após abastecer, agora sim o distribuidor tinha gasolina, inclusive levei quatro litros de reserva, pois enfrentaria um trecho desconhecido, inclusive havia chovido, estrada de chão, barrenta e tudo mais, andamos uns 60 Km, logo apareceu o trecho mais difícil, lama, pedras, ripios etc. A buraqueira (poços no linguajar local) era muito, e a conseqüência da trepidação foi a degola da placa, ainda bem que não a perdemos, poderia comprometer a viagem sem placa. (autoridades poderiam questionar, explicaria, mas talvez não convencesse.).

A rodovia apresentava vários contrastes, lamaçal, cascalho, (ripio), poeiras e outros.

Enfim, voltamos a rodar no asfalto, agora só alegria.

Vencido todas essas dificuldades chegamos a Santa Cruz ao final da tarde, procuramos um hotel, e nos acomodamos para a passagem de Ano Novo, claro comemoramos no horário brasileiro, pois lá o horário é diferente em 2 horas (Brasília) e 01 hora de Mato Grosso do Sul. Conclusão. Passamos dormindo o nosso réveillon.

Dia 02/01 – sábado partimos para Cochabamba, onde ficamos até dia 04. Pé (pneu) na estrada rumo a Cochabamba. Cristo da Concórdia em Cochabamba-Bolívia, acesso de bondinho, a pé (escadaria) ou carro.

Dia 04/01 partimos para La Paz, esse trecho da viagem foi muito legal, claro que tomamos o famoso chá da folha de coca, que inclusive é muito bom, tem chá industrializado, assim como o mate leão, ou se preferir tem a folha mesmo. Passamos no chamado LA CUMBRE, nas cordilheiras a parte mais alta dessa rodovia.

Estamos a caminho de La Paz, as cordilheiras tem seus encantos, haja fôlego, pelo que a placa indica estamos no topo das montanhas. Nesse local muitos param para fotografar. Por conta da altitude muitos sente tontura ou dor de cabeça, mas na dúvida, em que não sou maluco, bebia logo o chá para evitar qualquer contratempo, e ainda tomei um comprimido chamado de “chorroche”, é batata, não é contra-indicado e nem tem efeito colateral.

Chegamos em La Paz ao cair da tarde, estamos aqui na parte mais alta ( El Alto), há uma diferença de altitude para a cidade baixa de aproximadamente 600 metros. Fomos recebidos no hotel e logo nos ofereceram um chá de folha de coca. (na Bolívia quase todos bebem esse famoso chá, que serve como vasodilatador), propicia uma respiração mais confortável. Devido a altitude o ar é rarefeito, a oxigenação no organismo é menos intensa e com isso o corpo sofre, e como o chá tem a função dilatadora dos vasos sanguíneos, ao ingeri-lo facilita a oxigenação e conseqüentemente na respiração.

Dia 05/01/10 City tur em La Paz

Ao fundo o estádio, onde nossa seleção perdeu o jogo nas eliminatórias da copa 2010, mas esta classificada. Conhecemos o centro da cidade que é muito bem policiado, visitamos o vale da lua, e outros pontos turísticos, museus etc. Agitado trânsito de La Paz. Interessante o buzinaço, como se fosse resolver alguma coisa, mas a maioria das buzinas são dos taxistas a procura de passageiros.

No dia 06/01 –quarta-feira - partimos para a cidade de Copacabana – região do lago de Titicaca, a cidade fica a uns 3.800 metros de altitude. Para chegar a Copacabana viajando pelo território Boliviano (sem passar pelo Peru via Desaguadeiro) é necessário atravessa de balsa na cidade de Taquina BO, quem quiser fazer esse trecho, não pode esquecer que as balsas afazem a travessia só durante o dia, ou seja até as 18:00 horas, para evitar acidentes no local.

Logo após a chegada fomos testar nossas condições físicas, subimos o morro do calvário, onde fica a santa nossa Senhora de Copacabana, a vista é muito bela desse local.

Vista parcial da cidade de Copacabana – Bolívia. A noite percebi que a altitude faz a diferença, apesar de estar a alguns dias em lugares de altitudes elevadas, acorde na madrugada com uma leve dor de cabeça, tomei um comprimido de “sorojchi pills” (cápsulas laboratórios Crespal S.A) e logo acabou a dor. (agora com o nome certo).

Dia 07 de janeiro de 2010. Na manha seguinte fomos visitar as famosas ilhas flutuantes, bolivianas, as peruanas ficarão para a próxima oportunidade. É claro degustamos a famosas trutas “truchas”, bem frita a moda boliviana. Estava muito deliciosa.

Após o passeio no lago Titicaca. Finalmente chegamos ao território peruano, entramos pela cidade de Yunguyo. Passamos pela migração e após a Aduana para regularizar a entrada da moto no território peruano, e pegar o “permisso”. Evitamos passar na cidade de Desaguadeiro, que seria muito mais complicado a burocracia com a papelada (documentação). Combustível vendido por galão (3,5 litros) cada – valor médio de S$ 9,88 (novo soles), também combustível limpo praticamente sem mistura. Só de passagem por Puno. (a estrada não estava muito boa, um dos trechos ruins das carreteras peruanas.). Passamos pelas cidades de Ilave, Puno, Juliaca e tantas outras até chegarmos a Cusco. A noite, procuramos informações junto a polícia turística, a qual nos perguntou. Quer hostel, caro, econômico ou albergue ? Claro o mais econômico. Indicaram-nos o Cáceres muito simples e barato, a vantagem é que tinha local para estacionar a motoca, claro sem (desejuno) café da manha. Esse luxo, nem pensar pelo preço.

No dia 08/01/10, partimos para Ollantaytambo, usamos microônibus (vans) pagamos 10 soles por pessoa. (local de saída Calle (rua) Pavytos em Cusco). Até a Ollanta, após fomos de trem, o meio mais utilizado para chegar a Águas quentes, exceto a caminhada que é feita por muitos turistas, que estão curtindo a natureza, sem nenhuma pressa em chegar. Com serviço de bordo, inclusive com chá da folha da coca, para quem gosta de beber. No mesmo dia chegamos a Águas Calientes, a cidade tipicamente turística, cheios de lojas, hotéis, lan house, lanchonetes e restaurantes para todos os gostos. A noite na praça central ocorreu uma apresentação de um grupo musical, com repertório de músicas latinas. Compramos nossos ingressos para a cidade sagrada de Machu Picchu no instituto nacional inca pela bagatela de S$ 126,00 soles cada (que corresponde a 60 reais aproximadamente).

Procuramos informação a respeito da entrada do Parque com o pessoal do Hotel, e recebemos a informação de que deveriam sair bem cedo. Perguntei a respeito da visita ao lugar mais alto (Waynapichu) disse-me o rapaz do hotel lá só entra 400 pessoas por dia, e somente aos que chegarem primeiro acessarão. Recomendou me sair cedo para conseguir, mas não disse que esse CEDO seria madrugada tipo 04 horas da matina.

Dia 09/01/10 visitamos Machu Picchu. Quando chegamos ao local para pegar o microônibus que leva na entrada do parque, já havia uma fila de pessoas por volta de 600, fiquei desanimado. Um dos MEUS OBJETIVOS ERA SUBIR NA MONTANHA MAIS ALTA.

Na madruga para quem pretende chegar entre os 400 primeiros para acessar o waynapichu (monte mais alto).

Tudo bem fazer o quê, o jeito é aproveitar o passeio, e curtir a cidade misteriosos povos INCAS, após matar a vontade de ver a cidade, tirar muitas fotos, fui bisbilhotar como faria para subir o morro do waynapichu, e cheguei na portaria desse local, para me informar mais a respeito do passeio, que pretendia ficar mais um DIA para conhecer. PERGUNTEI aos guardas do local, o procedimento para subir a MONTANHA, tive A GRATA SURPRESA, você precisa apenas do seu comprovante de ingresso. AINDA TEM 08 (oito) VAGAS PARA ACESSAR, HOUVE DESISTENCIAS VOCÊS PODEM ENTRAR, REGISTRE OS SEUS NOMES AQUI NO LIVRO DE VISITANTES. FIQUEI MUITO CONTENTE COM ESSA BOA NOTÍCIA (GRAÇAS A DEUS). E LÁ FUI MONTANHA ACIMA, a minha companheira não quis subir, tentou, mas desistiu. A CAMINHADA É (contra a gravidade - subida íngreme) LONGA E EXIGE MUITO DA PESSOA, MAS VALE A PENA, CHEGAR AO TOPO DO WAYNAPICHU. A VISTA É MARAVILHOSA DA CIDADE DE MACHU PICCHU E DEMAIS LOCAIS. VOCÊ SE SENTE NAS NUVENS É UM LUGAR MÁGICO. MUITO BELO. QUEM TIVER A OPORTUNIDADE DE CONHECER SABERÁ DO QUE ESTOU FALANDO. NA APÓSIMAA OPORTUNIDADE E VOLTAREMOS A ESSE LUGAR.

Do topo do Waynapichu. Vista maravilhosa. No mesmo dia 09 - Chegada a hora. Embarcamos no trem até a cidade de Ollantaytambo, e desta cidade voltamos a Cusco, utilizando Van, que mais parecia uma ambulância em alta velocidade, depois de certo tempo, percebemos que o motorista sabia o que estava fazendo. Ele já conhecia bem o trecho – rodovia – e foi possível relaxar e curtir a viagem mais tranqüilos, já era noite.

Dia 10/01/2010- Em Cusco no dia seguinte fomos fazer um tour pelo Valle sagrado de los incas, Incluindo: PISAQ MERCADO ARTESANAL E RUINAS DE INTAHUATANA, CALCA, URUBAMBA, OLLANTAYTAMBO e CHINCHERO

Dia 11/01/10 – voltamos a Juliaca em direção ao Chile. Após uns 50 km da cidade de Cuzco em Uros, há um acessos a rodovia que vai ao Acre (Rio Branco), ainda bem que estávamos com a nossa meta definida, mas que deu uma vontade de seguir por esse caminho deu. Segundo os policiais “policia carretera” peruana, a estrada está quase apronta, alguns trechos ainda não tem asfalto. Quem sabe na próxima visita a Machu Picchu, faremos esse itinerário.

No caminho para Juliaca na divisa das províncias de Cusco com Puno, Abra La Raya, com altitude de 4312 metros. O Clima ficou muito desagradável, mas suportável o frio era de gelar a alma, ainda bem que nós estávamos bem agasalhados e equipados. Exceto a luva que não era impermeável. (na ida estava chovendo foi pior).

Dia 12/01/10 – a caminho de Arequipa. Uma parada para fotografar no alto dos Andes, puro gelo, a temperatura abaixou.. Neblina, vento e gelo o clima diferente....sensacional estávamos só de passagem, mas quem mora no local é mais complicado, com certeza. Crucero Alto é uma pequena cidade as margens da rodovia a 4.528 Metros superior ao nível do mar. Chegamos a Ilo no cair da tarde, não esquecendo que estamos com duas horas de diferença para Brasília, sete horas Ilo e nove no Brasil. No dia seguinte

(13/01/10) vistamos a praia, água gelada, não deu coragem de tomar banho de mar, só molhamos os pés.Os barcos parecem de brinquedo (de papel), mas são verdadeiros mesmos.

Pegamos a famosa rodovia panamericana, são longos quilômetros de viagem, mas a vista é sempre maravilhosa, você não cansa, basta curtir a paisagem. Chegamos em Tacna Peru , onde almoçamos, a cidade tem aspecto muito agradável. Chegamos em Arica – Chile no final da tarde.

TERCEIRA PARTE VIAGEM CAMPO GRANDE MS, BOLÍVIA, PERU, CHILE E ARGENTINA

14/01/10 Mirador da cidade de Arica – Chile, fizemos um passeio na área comercial. E logo pegamos a estrada novamente. Centro Comercial da cidade e bem movimentado e a noite vários barzinhos para curtir. Seguindo para a cidade de Iquique, a surpresa a 120 km de Arica, o vilarejo de Cuya, combustível nem pensar, ainda bem que a autonomia da moto é boa, caso contrario, teria que voltar a Arica para trazer um galão a mais de combustível, mas conversa com uns e outros viajantes, estes informaram-me que mais adiante a uns 50 km encontraria gasolina.

Vista da cidade de Iquique - Chile, muito bonita a city. Chegamos a Iiquique Chile, a cidade causa boa impressão do alto das montanhas. Finalmente tomamos um banho, nas águas geladas do pacífico, o problema era que tinha muitas algas, mas não foi impedimento suficiente para deixar de molhar o corpo.

Dia 15/01/10 - O destino a agora era Tocopila, e posteriormente São Pedro do Atacama. A rodovia, sempre uma vista bela do pacífico, porém havia alguns trechos com obras, estavam recuperando-a por conta das encosta que poderia causar deslizamentos, outros trechos o asfalto danificados e com buraco etc. Seguimos ruma a Calama, e posteriormente a São Pedro do Atacama. A rodovia que leva a Calama tem longos trechos de retas, pra quem gosta de tirar uma casquinha da “motoquinha”. Não deixe de curtir. Experimentei 120...(220).... km/h. Com garupa, e mais o vento lateral. Não pode brincar com a velocidade, o perigo aumenta. Segui no meu ritmo lento e constante. Chegamos em São Pedro do Atacama, a noite.

Dia 16/01/10 – passeio na cidade. São Pedro de Atacama, o que tem de melhor? A simplicidade das ruas, seus casebres. Seu Povo, seus ilustres visitantes. Suas atrações turísticas, suas reservas minerais, e tantas outras coisas. Seus segredos, suas histórias.

Laguna Ceja, tem alta concentração de sal, por conta disso os corpos ficam emerso, não afunda. Os próprios guias turísticos levam água doce para enxaguar os corpos dos banhistas, caso contrário, viram estatua de sal..

Dia 17/01/10 na estrada novamente é preciso viajar. Olha ao vulcão Sairecabur próximo a Rodovia 27 Chile, que leva a Argentina. Será ele mesmo? Após nossa estada em São Pedro o jeito foi pegar a estrada em direção a Argentina, quando chegamos na fronteira Chile /Argentina. Não encontramos a Aduana Chilena para dar a “SALIDA”, do país e ingressar na Argentina. Passamos batidos, a Aduana fica na saída de São Pedro, mas a rodovia que dá acesso ao Paso de Jama , tem saída que não passa direto na aduana Chilena, foi aí que nós pecamos passamos direto, como desde o inicio da viagem as Adunas são sempre próximas, seguimos tranqüilos. Bem, os policiais argentinos nos orientaram para procurar o consulado chileno, para regularizar a situação, porém em Salta Argentina, nós procuramos o consulado Chileno, mas o funcionários não resolveu a questão, passou a bola.

Os argentinos também gostam de uma burocracia, foram necessários quatro carimbos para dar entrada com a motocicleta no país. E ao final, quase levei o dito papel embora. Entreguei aos próprios policiais que iniciaram os carimbos.

A rodovia mostra toda sua beleza nas encostas das montanhas, e começa retratar nova paisagem, a natureza começa a mostrar novamente o verde. Em Pumamarca Argentina, uma parada para comer algo e beber uma água. Registro. Aqui novamente encontramos um casal de brasileiros “Júlio e sua a esposa” de Santa Catarina, coincidentemente em vários passeios eles sempre apareciam em nosso roteiro. (veja ele de perfil junta a lhama, lá no vale sagrado).

Dia 18/01/10, Centro da cidade de Salta. Nessa manha no hotel, encontramos dois casais de brasileiros que estavam iniciando a viagem de motociclista nessa região, eles são do Sul do Brasil. Sucesso na viagem. No mesmo dia após o almoço pegamos novamente a estrada RA 34, em direção a General Guemes, para acessar a rodovia RA 16, que segue para Resistência, Corrientes. Nesse trajeto algo diferente aconteceu...

Aconteceu o que menos esperava pneu murchar, também estava escuro, óculos embaçado pelo suor, estrada péssima, no trecho entre as cidade de Joaquim V. Gonzales e Monte Quemado, e mais uma dose de imprudência. Não estava veloz, mas sabia que havia buracos, e estavam me preocupando, poderia acontecer isso. Como estava escurecendo e a cidade mais próxima estava a uns 30 Km (Monte Quemado) arrisquei e deu zebra. Empurrei a motoca por uns 1.800 metros até chegar a um pequeno povoado chamado de Urutau, e ali no ponto de ônibus da rodovia tentamos varias vezes parar alguém para dar uma força, mas nada.

Até que surge “los hermanos” com uma camioneta, saindo de uma estrada vicinal, paramos e pedimos ajuda. E eles nos socorreram levando-nos, com a motoquinha, até a cidade de Monte Quemado, onde pernoitamos e no dia seguinte o gomeiro deu um jeito, na roda (quebra galho) teve que adaptar uma câmara de ar.

Na hora da vacilada e pancada no buraco, quando amassou a roda e o pneu murchou, deu um desespero, mas jamais podemos esquecer o Criador (Deus) mesmo com esse inconveniente o Criador, com certeza, aferiu nossa fé, perante a dificuldade, e nos mandou o socorro. E ainda para não falarmos mal dos argentinos “Os anjos da guarda eram Los Hermanos”. Como disse o gomeiro argentino, você caiu num poço (buraco).

O socorro foi providencial, porque amanheceu chovendo, com certeza a chuva não foi pouca. Tomamos o café nesse posto (distribuidor) de combustível, quando apareceu um grupo de motociclista brasileiro, que estavam com veículo de apoio, e nos ofereceram ajuda, caso precisasse. A solidariedade dos motociclistas brasileiros foi muito legal. Agradeci os. E eles seguiram. Nós seguimos no nosso ritmo, fizemos uma ótima viagem, agora com mais precaução.

Pneu traseiro. Consertado pelo gomeiro com auxilio do o soldador, que esquentou a roda para voltar ao lugar “meia boca” (quebra galho). Pneu dianteiro. Este ficou assim mesmo até o final da viagem. Rodovia RA 16.

A ponte General Belgrano sobre as águas dos Rio Paraná e Rio Paraguai. Chegamos cedo à cidade de Corrientes, fizemos um passeio pelo centro comercial da cidade.

Dia 20/01/10 pegamos a estrada novamente rodovia RA 12 em direção a Puerto Iguazu na Argentina. E é claro nossa Foz do Iguaçu- Brasil. Marco da fronteira no lado Argentino – Puerto I guazu. – foto abaixo lado direito Brasil e esquerdo o Paraguai – e o grande rio Paraná em sua calha banhando as três fronteiras dos latinos, e mais a foz do rio Iguaçu – das famosas cataratas.

Enfim passamos a Aduana Argentina. Agora sim, estamos no Brasil. Nossa Aduana, nem deu tchau para nós, passamos tranqüilos aqui é BRASIL.

Dia 21/01/10 partimos de Foz de Iguaçu, com destino a Iguatemi MS. Ponte Ayrton Senna Guaira - PR e Mundo Novo- MS. Rio Paraná.

Represa da antiga usina hidrelétrica no rio Piraí na cidade de Iguatemi MS, nos anos 70 foi de grande serventia para a cidade. Hoje a Itaipu fornece a energia. Uma pausa para descansar em Iguatemi MS.

Dia 22/01/10 a tarde peguei a estrada – rodovia Guaira-Porã, que a cidade de Guairá PR a Ponta Porã MS (divisa com Pedro Juan Cabaleiro PY). Sai de Iguatemi às 14:36 e cheguei em Campo Grande às 19:36 horas – 05 (cinco) horas cravado – 475 Km. (pela maquia fotográfica foto na saída de Iguatemi e chegada entrada cidade de Campo Grande). Nesse trecho estava pilotando a moto sem a garupa (companheira). Assim fica fácil. O itinerário de Iguatemi a Campo Grande, passei apelas seguintes cidades ao longo das rodovias TACURU, AMAMBAI, CAARAPÓ, DOURADOS, RIO BRILHANTE, NOVA ALVORADA DO SUL.

Finalmente em casa. É claro passei na casa do irmão mais velho, na entrada da cidade, para pegar um rango (jantar), antes de chegar a minha residência que fica na região norte da cidade.

A viagem foi sensacional, resumindo precisamos conhecer nossos irmãos latinos, suas culturas, respeitar as nossas diferenças, costumes, tradições, conhecer as nossas histórias, aprender um pouco mais o idioma espanhol e também divulgar a nossa cultura nossa língua.

Encontramos nossos irmãos brasileiros praticamente em todos os lugares turísticos em que passamos, e muitos estrangeiros que conhecem nosso BRASIL ou já residiram aqui. (isto é integração).

Foi possível se comunicar, mesmo sem domínio do espanhol.

A minha companheira de viagem disse uma frase muito interessante.

“Não falamos a mesma língua, mas nós nos entendemos muito bem”.

FELIZ 2010 A TODOS.

Autor: Waldir e Juçara

Contato: paniaguaw@ig.com.br

Mototour - Seu portal em duas rodas, Motos, Encontros de Motociclistas, Moto Clube e muito mais...

Todos os Direitos Reservados