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Potência de 50,4 cv é modesta, mas suficiente para iniciantes se divertirem na pista - ou na estrada Divulgação

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CBR 500R tem visual esportivo, mas desempenho comportado

Com novas carenagens, faróis de LED e ronco mais empolgante, esportiva de entrada da Honda é divertida, porém cara: R$ 29.000 com ABS


Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO

Agência Infomoto

13/01/2017 10h34

A CBR 500R é a única entre os três modelos da linha de 500cc da Honda, que inclui a naked CB 500F e a aventureira CB 500X, a carregar um “R” a mais no nome. A justificativa da Honda para o “R” de Racing é que as linhas da carenagem integral do modelo herdaram o DNA da família CBR, formada pelas CBR 1000RR e CBR 600RR, estas sim esportivas puro-sangue. Renovada no ano passado, a CBR 500R ganhou visual mais moderno, grafismos e cores mais ousados, além de um conjunto óptico duplo com faróis de LED que deram novos ares para o modelo lançado em 2013.

O discurso do departamento de marketing, entretanto, esbarra no comportado motor bicilíndrico de 471 cm³, duplo comando no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e refrigeração líquida, que não sofreu alterações. Projetado para ser econômico e entregar potência de forma linear, produz apenas 50,4 cavalos a 8.500 rpm. Uma mudança bem-vinda é a nova ponteira de escapamento, indiscutivelmente mais bonita do que a anterior totalmente cromada. Agora, embora o comportamento do motor fique longe de uma esportiva, a trilha sonora pelo menos é mais empolgante em função do novo escapamento.

O quadro, tipo Diamond, feito em tubos de aço também é o mesmo das versões anteriores. E as suspensões, apesar de terem sido aprimoradas internamente e terem ganhado ajuste na pré-carga da mola no garfo dianteiro, não oferecem os ajustes que se espera encontrar em uma CBR. Ainda assim é possível se divertir bastante em uma pista com essa “esportiva” de entrada. Claro, tendo em mente que se trata de um modelo projetado para quem está começando nas motos maiores.

Amigável e ágil

As poucas mudanças internas do motor não alteraram seu desempenho, mas o câmbio de seis velocidades foi revisto para facilitar as trocas de marchas. O motor continua amigável em baixos giros, mas com bom torque para arrancadas. Mas é mesmo acima de 5.000 giros que empurra com mais vontade até os 8.500 rpm, quando aparecem os 50,4 cavalos. O fôlego acaba logo e a velocidade máxima fica em 175 km/h na pista.

A configuração pode não empolgar os mais experientes, entretanto me parece ideal para quem está começando. A principal vantagem para os iniciantes é que dificilmente a potência comedida da CBR 500R irá superar a aderência dos pneus e, a uma velocidade menor, os sustos são raros e os erros, mais toleráveis.

As alterações no escapamento e suspensões não mexeram no peso do conjunto: são 194 kg em ordem de marcha. Porém, ao comando dos dois semiguidões, que proporcionam bom equilíbrio entre uma postura esportiva na pista com certo conforto nas estradas, a sensação é de que se trata de uma moto mais leve.

A nova suspensão dianteira transmite mais confiança nas entradas de curvas. Já o monoamortecedor com novos ajustes reduziu bastante a sensação de que a traseira balançava nas saídas de curvas. Em geral, a CBR 500 R continua com uma excelente maneabilidade. Ágil para deitar nas curvas e estável nas retas.

Os freios foram aprimorados e têm bom desempenho, sem aquela “mordida” arisca dos discos duplos. Mas após algum tempo na pista, demonstraram certa fadiga. Outra boa novidade para os pilotos com mãos menores é o manete do freio dianteiro, que agora pode ter sua altura ajustada.

De entrada, mas cara

A atualizada Honda CBR 500R ficou, sem dúvida, melhor do que o modelo anterior. Além disso, as novas linhas da carenagem, o sistema de iluminação com LEDs, a forma e o ronco do novo escapamento a tornaram mais atraente. Até mesmo detalhes como a nova tampa de combustível articulada e a chave mais sofisticada deram mais status ao modelo.

Mas a fábrica japonesa errou ao aumentar em 12% o preço da nova CBR 500R, em seu lançamento em junho do ano passado: a versão única com ABS chegou com preço sugerido de R$ 29.000. O resultado foi que as vendas do modelo caíram pela metade: no primeiro semestre de 2016, a antiga 500R vendia em média 100 motos por mês; já no segundo semestre a média mensal foi de 51 motos.

Entretanto, a montadora parece querer colocar sua esportiva de entrada de volta a um patamar de preço competitivo. Sem muito alarde, a Honda está vendendo a CBR 500R à vista por R$ 27.690. Ainda assim, acima de modelos como a Yamaha YZF-R3, que foi campeã de vendas na categoria esportiva em 2016, e tem preço sugerido de R$ 22.890 com ABS – ambos sem frete e seguro.

FICHA TÉCNICA

Honda CBR 500R

Motor: Dois cilindros, DOHC, 471 cm³, quatro tempos, arrefecido a líquido e injeção eletrônica de combustível PGM-FI

Diâmetro x curso: 67,0 x 66,8 mm

Câmbio: seis marchas

Potência máxima: 50,4 cv a 8.500 rpm

Porque máximo: 4,55 kgf.m a 7.000 rpm

Suspensão

Dianteira: Garfo telescópico com 120 mm de curso

Traseira: balança monoamortecida com links e 119 mm de curso

Freios

Dianteiro: Disco de 320 mm

Traseiro: Disco de 240 mm

Rodas e Pneus

Dianteiro: Liga leve –120/70-17

Traseiro: Liga leve –160/60-17

Dimensões

Comprimento: 2.081 mm

Largura: 756 mm

Altura: 1.150 mm

Altura do assento: 789 mm

Altura mínima do solo: 140 mm

Entre-eixos: 1.409 mm

Capacidade do tanque: 16,7 litros

Peso a seco: 183 kg (ABS)

Cores: Preta e vermelha

Preço público sugerido: R$ 29.900

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