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Morreu Neil Peart, baterista do Rush que usou a motocicleta para encontrar um novo sentido na vida
Roberto Dutra
A revista Rolling Stone confirmou a morte de Neil Peart, baterista da lendária banda de rock progressivo Rush. O músico canadense de 67 anos faleceu no último dia 7 de janeiro, vitimado por um câncer no cérebro contra o qual lutava há três anos. Os fãs da banda - e muita gente - conhecem a longa história de Neil Peart, que entrou no Rush em 1974, lá ficou até a banda encerrar suas atividades, em 2018, e que chegou a ser considerado pela Rolling Stone o segundo melhor baterista de todos os tempos, atrás apenas de John Bonham, do Led Zeppelin. Mas o que nem todo mundo sabe é que ele era, também, um motociclista de mão cheia - e que uma viagem de moto o ajudou a se recuperar de uma - na verdade, duas - das maiores dores que o ser humano pode sofrer.
Em julho de 1997, Neil Peart perdeu sua então única filha em um acidente de carro. E apenas 10 meses depois, sua então esposa faleceu, vitimada por um câncer - mas ele sempre disse que teria sido por causa da morte da filha, em um "lento suicídio de apatia". Neil Peart, então, deu um tempo nas atividades com a banda, pegou sua moto BMW R 1.100 GS e partiu para uma viagem sem destino nos Estados Unidos, que durou 14 meses e percorreu 88 mil quilômetros. Uma viagem para enfrentar a dor, a angústia e a solidão repentinas, mas também de amadurecimento e busca de novos sentidos na vida.
Essa jornada deu origem ao livro "Ghost rider - travels on the healing", que no Brasil saiu com o nome de "Ghost rider - a estrada da cura" (Editora Belas Letras). Vale lembrar, ainda, que "Ghost rider" virou nome de uma linda música do Rush, editada em 2002 no disco "Vapor Trails", e que em tradução livre quer dizer "Motoqueiro fantasma" - e alude à foto da capa do livro, na qual a moto de Neil Peart, mostrada bem de traseira, parece flutuar sobre a estrada, sem piloto nem qualquer apoio na parte inferior.
"Ghost rider" é um dos seis livros escritos por Neil Peart, com ou sem parcerias. Ele também gravou cinco DVDs sem o Rush, ganhou mais de 50 prêmios como baterista e recebeu a comenda de Oficial da Ordem do Canadá em 1996, a segunda maior honraria civil naquele país, atrás apenas da Ordem do Mérito.
Tive a oportunidade de ver um show do Rush no Maracanã, em novembro de 2002 - era parte da turnê mundial de lançamento do disco "Vapor trails" -, que deu origem ao DVD "Rush in Rio". E também li o livro "Ghost rider - a estrada da cura". Os dois emocionam. Que esse baterista e motociclista descanse em paz.
Abaixo, o vídeo de "Ghost rider" no Maracanã, com legendas:
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