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Com vários aprimoramentos mecânicos e eletrônicos, moto ficou mais potente, torcuda, segura e ainda passa a ter opção de câmbio automatizado com dupla embreagem
Roberto Dutra
Mototour
A Honda apresentou essa semana a linha 2021 da big trail Africa Twin. A moto passou por muitos aprimoramentos e agora tem mais potência, mais torque e mais recursos eletrônicos. Para começar, o motor cresceu - passou de 998cm³ para 1.100cm³. Com isso, o nome da moto mudou para CRF 1.100L Africa Twin (antes era "mil"). A outra principal inovação no modelo é a opção do câmbio automatizado de dupla embreagem, o Dual Clutch Transmission (DCT). Mas não para por aí.
O design foi repaginado e a Africa Twin ficou mais esguia. Ganhou carenagens novas, guidão em posição 2,2 cm mais alta e banco 4 cm mais estreito e também mais baixo (altura regulável entre 85 cm e 87 cm). Os faróis com LEDs têm novo desenho, discretamente agressivo, e a moto incorporou também luzes de rodagem diurna (DRL).
Por baixo disso tudo, a Africa Twin esconde um quadro novo, com subchassi traseiro agora de alumínio - mesmo material da nova balança.
Só essas novidades fizeram a moto perder 2,3kg de peso. Com outras mudanças em componentes, a Africa Twin passou a pesar 10kg a menos - 206 a 215 quilos na versão standard e 216 a 225 quilos na inédita versão com câmbio automatizado. Os pneus também mudaram e, segundo a Honda, agora têm desenho ainda mais adequado à proposta de uso misto. As rodas continuam raiadas, com aros de alumínio e calçam pneus 90/90 R21 na frente e 150/70 R18 atrás.
Na parte eletrônica, a Africa Twin ganhou acelerador eletrônico e mais modos de pilotagem (agora são seis). O mundo de chips a bordo ainda agrega controle de tração com sete níveis, controle de empinada com três níveis, ABS com atuação em curvas e piloto automático. O ABS da roda traseira pode ser desligado e há uma função que aciona o pisca-alerta automaticamente nas frenagens fortes a partir dos 50km/h.
Nas versões ES, as suspensões Showa têm ajustes eletrônicos, os pneus são sem câmara, o para-brisa é alto e tem cinco ajustes de altura (o para-brisa da versão de entrada é baixo e fixo), as carenagens são maiores e o protetor de motor é mais largo. Para completar, vêm de série suporte traseiro de alumínio para baú, manoplas aquecidas e um sistema de iluminação para curvas, com três LEDs instalados abaixo dos faróis. O tanque leva 18,8 litros nas versões standard e 24,8 litros nas Adventure Sports.
O curso das suspensões, contudo, é igual nas versões com e sem ajustes eletrônicos: 23cm na frente e 22cm atrás. O painel de todas é a mesma tela de TFT sensível ao toque, colorido, com 6,5 polegadas com recursos de conectividade e pareamento com smartphone por Bluetooth. à direita dele, há uma porta USB.
O motor é o mesmo de antes, mas com muitas melhorias. A capacidade cúbica cresceu de 998cm³ para 1.084cm³ com o simples aumento no curso dos pistões - o diâmetro foi mantido, assim como a taxa de compressão. Além disso, as camisas dos cilindros passam a ser de alumínio, os corpos das borboletas de alimentação foram redesenhados cabeçote e comando de válvulas mudaram totalmente. Por fim, a moto ganhou uma válvula de controle variável no escape - semelhante à usada na esportiva CBR 1.000 RR Fireblade.
Com tudo isso, potência e torque aumentaram. Antes, eram 88,9cv a 7.500rpm e 9,5kgfm a 6.000rpm. Agora, são 99,3cv e 10,5kgfm nas mesmas faixas de rotação de antes. Segundo dados do Instituto Mauá de Tecnologia, o consumo médio em uso misto é de 20,3km/l e a velocidade máxima, de 197km/h - versão standard.
O câmbio automatizado
As versões da Africa Twin com câmbio convencional têm seis marchas e embreagem deslizante. Até aí nenhuma novidade. Mas o câmbio automatizado com dupla embreagem DCT é uma novidade que merece destaque. Já existe em outros modelos da marca - como na touring GL 1.800 Gold Wing -, mas ainda é relativamente desconhecido e, por isso, cria desconfianças.
Pura bobagem. O básico é ligar a moto, engatá-lo no modo Drive e acelerar - a moto fará o resto. Mas com o tempo dá para extrair uma pilotagem muito mais dinâmica e interativa. O sistema DCT tem duas embreagens - uma para as marchas ímpares e outra para as marchas pares. Cada uma das embreagens é acionada por um sistema eletro-hidráulico independente, e nas trocas de marcha – sejam elas feitas pelos comandos no punho esquerdo do guidão, por ação do condutor, ou automaticamente –, ocorre a alternância entre as embreagens, o que leva a trocas instantâneas de uma marcha para outra.
O sistema é muito seguro e confiável, inclusive porque não "erra" a marcha e até evita que o motor apague por algum erro do piloto. Tem três modos de funcionamento: o manual, no qual o piloto troca as marchas pelos botões + e – situados no punho esquerdo; o Drive, que faz as trocas automaticamente, e o Sport (S), que tem três níveis e faz as trocas também de forma automáticas, mas variando as faixas de giros para essas trocas de acordo com o ajuste escolhido.
Nas desacelerações, as reduções também ocorrem um pouco mais cedo, proporcionando maior efeito do freio-motor, o que torna esta opção a mais adequada para uma pilotagem esportiva. Por fim, existe ainda a tecla G, que proporciona máxima tração da roda traseira no fora-de-estrada quando acionada. Mesmo nos modos automáticos o piloto pode interferir, usando os botões + e – para trocar a marcha. Mas o sistema só aceitará comandos que não ofereçam risco para o conjunto motor/transmissão
Para completar a parafernália eletrônica, a moto tem os citado seis modos pilotagem - Urban, Tour e Gravel, que já existiam antes, e os novos Off-road e User 1 e 2, que podem ser configurados conforme as preferências do piloto. A Africa Twin será vendida nas configurações standard Adventure Sports ES. Como ambas terão opção de câmbio convencional ou automatizado, serão quatro versões no total.
A pré-venda de todas começa no próximo dia 17 de maio. As versões com câmbio manual serão montadas em Manaus e já estarão nas lojas em julho. As equipadas com câmbio DCT virão importadas diretamente do Japão, e as entregas começam em agosto. Confira abaixo os preços e mais fotos da moto.
Confira abaixo os preços da linha Africa Twin 2021:
Honda CRF 1100L Africa Twin (preta fosca ou vermelha): R$ 70.490,00
Honda CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports ES (branca): R$ 90.490.00
Honda CRF 1100L Africa Twin DCT (vermelha): R$ 76.804,00
Honda CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports ES DCT (branca): R$ 96.626,00
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