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E suas diferenças...
Robson Franca
Jornal B&B - USA
Você também acha que todo motociclista é um apaixonado por seu “cavalo de aço”? Acertou! Eu também acho, porque é assim no mundo inteiro, não só no Brasil.
Tanto faz a marca, o tamanho, a potência ou o estilo da motocicleta, o proprietário sempre está disposto a venerá-la, dedicando às vezes, até algum tempo para ficar admirando-a na garagem, dando mais uma polidinha, instalando ou modificando algum equipamento e acessório. Parece exagero? Mas é verdade.
Cá entre nós! Você nunca se tocou fazendo isso? Se fez, tudo bem é um legítimo motociclista. Se não fez, é simplesmente um condutor de moto e dificilmente vai entender o nosso espírito.
Alias, falando em moto é bom não esquecermos que está aí um segmento novo, que é o TRIKES (tricíclos) como são conhecidos.
Ai, ai, ai... eu já fui um deles (triciclista), e com o meu retorno para o Brasil, já encontrei outro. A coisa recomeçou e garanto que é emoção pura.
Brasil X USA
Vamos fazer um pequeno comparativo entre os motoclubes do Brasil com os dos USA.
A idéia era entrevistar um Motoclube dos EUA, formado por americanos, aqueles igual a gente vê nos filmes e imagina mil coisas, mas não conseguimos.
Nos EUA, as coisas são diferentes das que imaginmos e idealizamos quando estamos sentados num sofá assistindo um filme sobre motos.
No Brasil, sempre costumo dizer que nos motociclistas, fantasiamos de “caras de mau”, com roupas de couro ou jeans surrados, coletes com “Escudos”, com nomes até assustadores, mas é só isso, salvo raríssimas exceções, é claro.
Nos States, não! Da para se dizer que lá, de um modo geral, os motociclistas se dividem em solitários ou os que reúnem-se em grupos, cujo escudo é somente o emblema oficial da Harley, -que diga-se de passagem, (para os americanos é a melhor moto do mundo) e olhe, que eles acreditam nisso.
Como a própria história do nascimento de MC’s por lá, pelas bandas de 1945, final da II Guerra Mundial, muitos motoclubes formaram-se com esses integrantes, quase todos ex-combatentes de guerras.
Motoclubes formados por integrantes que adotam um escudo de acordo com suas convicções de grupo, -mas que normalmente são de paz, de fácil relacionamento.
E por último, um segmento de motoclubes que também diga-se de passagem é muito grande e numeroso por lá. São os mais radicais, grupos fechados, sem muita ou quase nenhuma oportunidade de abertura para contato externo.
São aqueles que se vestem como já descrevi acima, tal qual nos vestimos no Brasil, com cara de mau, visual de brabo, etc. Mas estes sim, são realmente iguais aos aos que vemos nos filmes de TV e Cinema.
Uma característica muito própria e determinada dos motoclubes radicais, é que eles delimitam espaços territoriais, dentro de regiões nos Estados e municípios. Ou seja, cada região tem seu “comando”, seu território marcado. Não ouse entrar sem ser convidado ou autorizado, porque com certeza você poderá ser “convidado a se retirar”, ou seja, “You are not welcome here, get out”.
Sem citar nomes, por questão de ética e respeito, vou contar duas situações que aconteceram comigo, em dois locais e datas diferentes.
Há alguns anos, logo que cheguei nos EUA, me contaram que todas às quartas-feiras à noite, tinha -como tem sempre- um encontro de motos muito grande organizado num grande posto de gasolina, bar temático, em cidade vizinha de Tampa. Morando lá, não pensei duas vezes e nessa eu fui.
Vesti minha roupa motociclístas, estilo “bandido” que tinha levado de Curitiba, com o colete do nosso Moto Clube BARATA CASCUDA,MC - Curitiba/Brasil. Cheguei lá, encontrei um lugar muito bonito, show de organização, muita gente, muita moto, som de categoria. Estacionei a moto e fui conversar com um cidadão que estava num triciclo, desses com motor de Fusca, igual aos do Brasil. Papo vai, papo vem, o cidadão num determinado momento, me disse assim: “Não se vire para trás, mas você está sendo apontado e indicado por dois membros dos “sic”.
Olhei para ele e perguntei se isso era bom ou era ruim? Ele respondeu: - “Depende! Se eles não gostarem de você é bom você ir embora”.
Quando escutei aquilo dei uma tremida na base, porque afinal de contas, como diz o velho e sábio ditado: “Galo em terreiro estranho, é galinha, pia baixo.”
O cidadão com quem eu estava conversando foi embora e os dois integrantes desse “sic” motoclube vieram em minha direção conversar perguntando, objetivamente, quem eu era, da onde eu vinha e em quantos integrantes éramos? Respondi que era do Brasil e estava sozinho, a passeio. Eles se despediram e foram embora.
A partir desse acontecido, nunca mais usei meu colete com o escudo do BARATA CASCUDA – MC.
Para mim o evento acabou. Fui embora também e olhando com receio, para todos os lados, pode isso? No Brasil, como disse antes, a coisa é diferente.
O outro acontecimento deu-se tempos depois, quando o amigo “Flane”, integrante do CHACAIS – MC Curitiba/Brasil, morador também da Flórida, na cidade de Fort Myers, convidou-me para participar de um encontro de motos que naquela cidade, distante 140 milhas de Tampa.
Pronto, novamente vesti toda a roupa de couro, com aquele mesmo visual bandido, colete e tudo que tinhá direito e lá fui novamente. Chegando em Ft. Myers, pegamos as motos e, devidamente coletados, ele Chacal - MC e eu Barata Cascuda - MC, estávamos no evento.
Uma grande revenda de motos local, lugar bonito, organizado e da-lhe papo sobre tudo e sobre todos. A fome apertou e disse para o Flane, - “cara vou comprar um sanduíche e um refrigerante para nós ali na barraca de lanches”, lá fui eu. Demorei um pouco porque tinha muito movimento, peguei os lanches e voltei. Quando cheguei ele me disse quase a mesma coisa, “Cara não olhe para trás agora, porque estávamos sendo observados por 4 integrantes do Moto clube “sic”.
Pensei comigo, de novo? E assim foi, enquanto eu saí e fui comprar os lanches, eles vieram e perguntaram ao Flane: -“Quem são vocês, de onde vieram e em quantos estão?”
Moral da história: continuei andando de moto sim. Mas, aposentei de vez meu colete do Brasil, enquanto morando nos States! Pode isso?
Texto de autoria de Robson Franca publicado no Jornal Brasilieras & Brasileiros, na Edição de Abril/2013
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