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Com motor potente e boa dose de eletrônica embarcada, a Ducati Monster 1200S custa R$ 73.900 (Foto: Doni Castilho / Agência INFOMOTO)

Mototeste

Naked Monster 1200S tem ciclística e tecnologia de esportiva

Com 145 cv, essa Ducati tem suspensões e freios ABS top de linha, aliados à controle de tração e três modos de pilotagem por R$ 73.900


Aldo Tizzani / Agência INFOMOTO

Agência Infomoto

29/09/2016 11h53

A versão topo de linha da Ducati Monster, a 1200S, traz a mesma essência purista de suas antecessoras - tanque, motor e ciclística “amarrada” em um quadro de treliça -, porém com mais tecnologia embarcada para controlar toda a fúria de seu motor. Um bicilíndrico em “L” de 145 cv de potência e mais de 12 kgf.m de torque. Para equalizar esta usina de força, a Ducati recorreu aos modos de pilotagem, que regula a entrega de potência e torque do motor, ajusta também o ABS e o controle de tração. Mas tudo tem seu preço que, no caso da bignaked italiana, é de R$ 73.900.

Ao subir na moto, chama a atenção a postura natural de pilotagem, típica de uma naked. A Ducati encontrou uma posição mais ergonômica para pilotos medianos, como eu, de 1,72 m. O único inconveniente é o espaço entre as pedaleiras. Com a ponta da bota apoiada na pedaleira dianteira, o calcanhar esbarra no suporte da pedaleira traseira. Ou seja, os pilotos que calçam mais de 40 podem ficar “apertados” sobre a 1200S!

Na cidade e na estrada

Bem, agora é hora de virar a chave e encarar a estrada, seu habitat natural. O motor da Monster 1200S não tem ronco, mas sim um rugido, que instiga o piloto a acelerar. Até acessar a rodovia, a melhor opção é selecionar o modo “Urban”. Neste modo de pilotagem, o propulsor restringe a entrega de potência a 100 cv, aumenta a ação do ABS e do controle de tração. Apesar do descompasso em baixos regimes, afinal o motor responde mesmo acima dos 3000 rpm, a segurança fala mais alto.

Depois de entrar na estrada era hora de mudar para o modo “Touring”. Agora o motor oferece 145 cv, mas deixa as respostas do acelerador mais suaves; diminui a ação do ABS para o nível 2 e reduz também o controle de tração. Ou seja, ideal para a prática do mototurismo, com controle e boa dose de adrenalina.

Como esta Ducati foi feita para motociclistas experientes, preferi me familiarizar primeiros com os comandos e com as respostas do motor, além de sua ciclística. Depois desta fase de reconhecimento era a hora de usar a opção “Sport”. Aqui toda a cavalaria é liberada, sem restrições. Ao girar o acelerador, as respostas são instantâneas – um soco no estômago, tamanha a força. Nesta configuração há uma menor intromissão do ABS e do controle de tração. Ou seja, pura emoção na tocada mais radical.

As mudanças dos modos de pilotagem podem ser feitas com a moto em movimento, mas o motociclista não pode girar o acelerador por 3 segundos. Além dos três modos pré-estabelecidos pela Ducati, a Monster 1200S permite que o piloto personalize os controles eletrônicos ao seu gosto.

Com 17,5 litros de combustível no tanque, o consumo ficou entre 16 e 22 km/l. Assim, a autonomia pode variar entre 280 e 380 km. Tudo depende do estado de espírito e do ímpeto do piloto ao girar o acelerador ride by wire.

Eletrônica e ciclística

Além de uma confortável posição de pilotagem e o bom desempenho do motor, tudo está à mão na Monster 1200S. Todas as combinações e acertos do comportamento do propulsor são bastante intuitivos e selecionados por meio de botões que ficam no punho direito. Toda e qualquer mudança pode ser acompanhado pelo grande painel de LCD do painel. Mas dependendo da incidência dos raios solares, a leitura fica comprometida. Durante a pilotagem noturna, visibilidade total.

Para compensar tanta força bruta e tecnologia embarcada, a ciclística também está preparada para oferecer o máximo de conforto, desempenho e segurança. Assim, a Ducati equipou sua bignaked com o que há de melhor: discos duplos e pinças monobloco Brembo fixadas radialmente, na dianteira, e disco simples com pinça de dois pistões, na traseira; com o auxílio do moderno sistema ABS 9MP da Bosch. Traduzindo: frenagens praticamente instantâneas, como em uma superbike.

O garfo telescópico invertido Öhlins de 48 mm de diâmetro, na dianteira, e o monoamortecedor, também Öhlins, com reservatório de expansão a gás, na traseira, mostravam muita eficiência, copiando com muita propriedade as imperfeições do piso, mantendo, a Monster 1200 sempre no trilho. E, assim como em outras Ducati, essa big naked oferece muita estabilidade e uma ciclística precisa.

Resumo da ópera

Apesar de toda sua força, potência e tecnologia embarcada, a Monster 1200S não foi feita para longas viagens, já que não conta com uma boa proteção aerodinâmica e, consequentemente, o vento bate no peito acima dos 140 km/h. A 1200S quer rodar em rodovias bem pavimentadas, mas, se além do asfalto em boas condições, houver um trajeto recheado de curvas, o passeio será perfeito. Com a ajuda do corpo e com pressão nas pedaleiras, essa naked italiana pode se comportar como uma superesportiva. Dois fatores contribuem para isso: o baixo peso (209 kg em ordem de marcha) e a ciclística acertada!

No melhor estilo naked, a moto esbanja segurança e diversão, principalmente em rápidas e emocionantes acelerações nas saídas de curva. Neste projeto, o que fica claro é que a marca italiana quer ofertar tecnologia, desempenho e o máximo prazer na pilotagem.

FICHA TÉCNICA

Ducati Monster 1200S

Motor Dois cilindros em “V” a 90°, quatro válvulas por cilindro, duas velas, comando desmodrômico e refrigeração líquida

Capacidade cúbica 1198,4 cm³

Diâmetro x curso 106 x 67.9mm

Taxa de compressão 12,5:1

Potência máxima 145 cv a 8.750 rpm

Torque máximo 12,7 kgf.m a 7.250 rpm

Câmbio Seis marchas

Transmissão final Corrente

Alimentação Injeção eletrônica

Partida Elétrica

Quadro Treliça em tubos de aço

Suspensão dianteira Garfo telescópico invertido Öhlins de 48 mm de diâmetro com 130 mm de curso totalmente ajustável

Suspensão traseira Monobraço em alumínio com amortecedor Öhlins totalmente regulável com 152 mm de curso

Freio dianteiro Disco duplo semi-flutuante de 330 mm de diâmetro com pinças monobloco radiais Brembo de quatro pistões e ABS

Freio traseiro Disco simples de 245 mm de diâmetro com pinça de dois pistões e ABS

Pneus Pirelli Diablo Rosso II 120/70-ZR17 (diant.)/ 190/55-ZR17 (tras.)

Comprimento 2.156 mm

Largura não disponível

Altura 2.156 mm

Distância entre-eixos 1.511 mm

Distância do solo n.d.

Altura do assento 185 – 810 mm

Peso em ordem de marcha 209 kg

Peso a seco 182 kg

Tanque de combustível 17,5 litros

Cores Vermelha e branca

Preço estimado R$ 73.900

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