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De visual futurista com linhas aerodinâmicas, a H2R não tem farol ou setas (Foto: Mario Villaescusa / Agência INFOMOTO)

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Ninja H2R: a moto mais rápida, potente e cara do Brasil

Aceleramos a versão de pista da esportiva da Kawasaki com supercharger: 357 km/h de velocidade máxima, 326 cv de potência e preço de R$ 350.000


Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO

Agência INFOMOTO

27/01/2016 17h04

Os números superlativos dão uma ideia do que a Kawasaki Ninja H2R representa. Com 326 cv de potência, 357 km/h de velocidade máxima e uma etiqueta de preço de R$ 350.000, trata-se da moto mais rápida e potente do mundo e a mais cara do Brasil. Mostrada no Salão Duas Rodas 2015, a H2R chega ao País em julho, como modelo 2017 e será vendida sob encomenda.

A H2R faz com que sua irmã mais “civilizada”, a H2 com seus 210 cv, pareça uma moto comum. Afinal, essa versão voltada apenas para o uso em pistas fechadas retira muito mais potência do mesmo motor de quatro cilindros em linha e 998cc graças à atuação mais eficiente do supercharger.

A pequena hélice, desenvolvida pela divisão de turbinas da Kawasaki Heavy Industries, é capaz de girar até 130.000 vezes por minuto e “empurrar” uma coluna de 200 litros de ar por segundo para dentro do motor, gerando assim uma pressão 2,4 vezes maior do que a atmosférica.

A carenagem, construída em fibra de carbono e com desenho da divisão aeroespacial da fábrica japonesa, ajudou a reduzir o peso em relação ao modelo de rua: em ordem de marcha a H2R pesa 216 kg contra os 238 kg da H2. O modelo também sai de fábrica equipado com pneus Bridgestone Racing Battlax Slick e com uma espécie de “asa” no lugar dos retrovisores para aumentar a downforce em altas velocidades.

Paraquedas na piscina

Os números dão uma ideia de como é a Ninja H2R, mas não são capazes de transmitir o que significa acelerar esse foguete japonês. Poucos e experientes jornalistas especializados em moto tiveram a oportunidade de pilotá-la no Autódromo do Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba, no interior de São Paulo. A pista de 2.500 metros ficou literalmente “pequena” para a H2R. Foi como preparar um paraquedas para pular do trampolim na piscina.

A reta de apenas 550 metros de extensão não é suficiente para engatar nem mesmo a terceira marcha. E quando o velocímetro atingia 170 km/h já era hora de frear. Tarefa que fica a cargo de dois discos de 330 mm e pinças monobloco fixadas radialmente da marca Brembo, na dianteira, em um disco de 250 mm na traseira. De especificações topo de linha e equipados com sistema ABS, os freios davam conta de pará-la antes de contornar a primeira curva.

Dotada de suspensões KYB de pista com múltiplas regulagens, a H2R, assim como sua irmã H2, tem uma ciclística excelente para seu porte e peso. Os pneus slick permitiam deitar com confiança nas curvas e os controles eletrônicos davam conta do recado nas reacelerações. O controle de tração em três níveis é praticamente impossível de ser utilizado no nível 3, o mais intervencionista: entrava em atuação até mesmo com a moto em pé e não parava de piscar. Foi preciso reduzi-lo para poder curtir o que a H2R tem de melhor: as acelerações impressionantes.

Foi preciso sacrificar a tomada de curva para sentir o supercharger atuar com toda sua força – o painel, que tem conta-giros analógico e uma tela de LCD digital, indica o quanto de alimentação (boost) está sendo empurrada para o motor. Em segunda marcha e abrindo o acelerador com todo o gás, quando o boost chega ao nível “3”, o máximo, fui jogado para trás no banco e entendi porque o modelo conta com uma espécie de apoio lombar na rabeta. Para segurar o piloto sobre a moto!

Em uma simulação de largada, a roda dianteira insiste em sair do chão e o ronco do motor fica ensurdecedor, afinal a H2R utiliza um escapamento aberto, que me obrigou a utilizar protetores auriculares. Os giros sobem rapidamente e atingem os 14.000 rpm de forma impressionante. Tão rápido que o sistema quick-shifter, que permite subir as marchas sem usar embreagem, é muito bem vindo. Não dá tempo de pensar em apertar o manete e trocar de marcha para aproveitar toda a adrenalina despejada na roda traseira.

Mas por quê?

Você deve estar se perguntando: para que serve então uma moto dessas se há poucas pistas onde é possível desfrutar de toda sua potência? A Ninja H2R não foi construída pela Kawasaki somente para mostrar do que o conglomerado japonês é capaz. O modelo emblemático é uma vitrine tecnológica e um verdadeiro laboratório de testes. “O supercharger foi incorporado primeiramente nesses modelos (H2 e H2R), mas essa tecnologia será expandida”, revela o diretor de marketing da marca no Brasil, Ricardo Suzuki. O executivo ecoa o discurso da Kawasaki em todo o mundo.

No ano passado nos Salões de Tóquio e Milão, foi apresentado um protótipo chamado de “Balance Supercharged Engine”, ou seja, motor equilibrado e superalimentado, que promete alto desempenho com economia de combustível e baixos níveis de emissão. Sem mais informações técnicas, o motor parecia de média capacidade e certamente irá equipar futuros modelos.

A tecnologia do supercharger promete fazer com as motos o que os turbos modernos fazem com os carros: o chamado downsizing, que tem no VW Up! Tsi um bom exemplo. A ideia seria fabricar um motor com baixa compressão e média capacidade cúbica, mas que tivesse alto desempenho. Seria como construir uma esportiva média de 600cc que tivesse a mesma potência de uma superbike de um litro.

Mas, por enquanto, a eficiência do supercharger está restrita mesmo aos modelos H2 e H2R. Ambos chegam ao País em julho, mas já podem ser encomendados. Caso a superlativa H2R e seus 326 cv forem exagerados – assim como o preço de R$ 350.000 – existe ainda a versão de rua, H2, que será vendida por R$ 144.000. Mais barata, porém não menos impressionante.

Ficha Técnica

Kawasaki Ninja H2R

Motor Quatro cilindros em linha, DOHC, 16 válvulas e arrefecimento líquido

Capacidade cúbica 998 cm³

Diâmetro x curso 76 x 55 mm

Taxa de compressão 8,3:1

Potência máxima 326 cv a 10.000 rpm

Torque máximo 15,8 kgf.m a 12.500 rpm

Câmbio Seis marchas

Transmissão final Corrente

Alimentação Injeção eletrônica

Partida Elétrica

Quadro Treliça em aço

Suspensão dianteira Garfo telescópico invertido AOS Kayaba de 43 mm de diâmetro com 120 mm de curso totalmente ajustável

Suspensão traseira Monobraço com amortecedor a gás e 135 mm de curso totalmente ajustável

Freio dianteiro Disco duplo semi-flutuante de 330 mm de diâmetro com pinças monoblocos e radiais Brembo de quatro pistões e ABS

Freio traseiro Disco simples de 250 mm de diâmetro com pinça de dois pistões opostos e ABS

Pneus 120/70-ZR17 (diant.)/ 190/65-ZR17 (tras.)

Comprimento 2.070 mm

Largura 769 mm

Altura 1160 mm

Distância entre-eixos 1.450 mm

Distância do solo 130 mm

Altura do assento 830 mm

Peso em ordem de marcha 216 kg

Tanque de combustível 17,0 litros

Cores Mirror Coated Spark Black/Real Carbon

Preço R$ 350.000 (sem seguro e frete)

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