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Consultor da Pirelli detalha práticas comuns que comprometem segurança, estabilidade e a vida útil dos pneus
Everson Assunção
Mototour
Improvisos envolvendo pneus de moto são mais frequentes do que se imagina. Em oficinas, grupos de motociclistas e fóruns on-line, surgem ideias que vão de adaptações criativas a soluções caseiras que, à primeira vista, parecem inofensivas. Mas por trás dessas práticas existe um risco silencioso: comprometer a segurança de um componente essencial para qualquer pilotagem — o único ponto de contato da moto com o solo.
De acordo com Roberto Falkenstein, consultor de tecnologias inovativas da Pirelli para a América Latina, seguir as recomendações de fábrica não é formalidade: é requisito básico para que o pneu cumpra a função para a qual foi projetado.
“Cada aspecto do pneu — estrutura, medida, composto — funciona de forma integrada. Alterar qualquer um deles pode gerar consequências sérias”, explica.
A seguir, os principais erros observados por especialistas — e por que é essencial evitá-los.
1. Usar pneu de carro em motocicleta
Embora tentador pelo custo ou disponibilidade, pneus de carro têm formato e estrutura pensados para veículos que não inclinam. Em motos, isso resulta em instabilidade pronunciada, principalmente em curvas e manobras. O comportamento é imprevisível e compromete toda a ciclística.
2. Improvisar com “macarrão de piscina” ou espumas internas
Algumas tentativas de evitar que o pneu murche após um furo acabam gerando problemas maiores. Materiais como espumas ou macarrões se deformam com o calor, podem se fragmentar, afetar o balanceamento e até impedir que o pneu assente corretamente no aro.
3. Misturar modelos diferentes entre dianteiro e traseiro
Os pneus são projetados como um conjunto complementar. Misturar modelos, medidas ou compostos cria diferentes níveis de aderência e tempos de resposta, o que afeta frenagens, estabilidade e comportamento em curvas.
4. Alterar a medida original do pneu
Aumentar ou reduzir medida pode parecer uma personalização simples, mas interfere no centro de gravidade, no funcionamento da suspensão, na leitura do velocímetro e até no espaço físico disponível dentro do conjunto da roda. Há casos em que o pneu toca o paralama ou o garfo — um risco evidente.
5. Rodar com calibragem incorreta
A pressão inadequada é uma das maiores causas de desgaste prematuro:
• baixa pressão = moto pesada, consumo elevado, direção imprecisa;
• pressão alta = menor aderência, menor conforto e perda de contato ideal com o solo.
A calibragem deve seguir exatamente o manual do fabricante — e ser medida com frequência.
6. Limpar os pneus com produtos agressivos
Solventes, desengraxantes e produtos conhecidos como “pretinho” podem alterar o composto de borracha, acelerar o envelhecimento e deixar a superfície escorregadia. O uso é seguro somente nas laterais, e mesmo assim com extremo cuidado. Na banda de rodagem, o risco de queda é imediato.
Falkenstein resume de forma direta:
“Respeitar as especificações originais e evitar improvisos é a maneira mais segura de preservar o desempenho dos pneus, da moto e a integridade do piloto.”
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