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Uma curiosa e divertida análise do crescimento nas vendas de motos em 2019
Roberto Dutra
A turma ligada aqui no Mototour e no mundo das duas rodas já deve ter lido que o mercado de motocicletas cresceu em 2019, com aumento nas vendas de expressivos 14,5% em relação a 2018 - foram 1.077.553 unidades emplacadas (ou seja, vendas reais, no varejo) no ano passado, contra 940.394 do ano anterior. Até aí, tudo ótimo. Sinal de que o segmento está reaquecendo, assim como a economia do país de maneira geral (ainda que a trancos e barrancos). Mas é importante - e até divertido - analisarmos os detalhes desse panorama.
A Honda manteve seu domínio absoluto com 79,1% de participação. O caro leitor pode achar que, até aí, nenhuma novidade, mas vale lembrar que a marca já deteve 83% do mercado. A Yamaha, segunda colocada, está lá longe, com 14%. Parece pouco, mas os três diapasões já patinaram em menos de 11%, o que sinaliza um crescimento sustentável - algo bom e saudável para a marca, para o mercado e para o país.
Por essa você não esperava
Agora vem a supresa... Sabe qual foi a terceira colocada? A Haojue! Isso mesmo, a marca chinesa que passou a ser vendida no Brasil pela JTZ Indústria e Comércio de Motos, que no fim das contas é uma espécie de empresa-irmã da J. Toledo Suzuki Motos do Brasil - representante, óbvio, da Suzuki no país.
De mansinho a marca foi crescendo. Já tem mais de 150 concessionárias no país (muitas são compartilhadas com a Suzuki) e, em 2019, respondeu por 1,13% do mercado brasileiro de veículos de duas rodas com suas motoquinhas de baixa cilindrada e scooters bacanas. Parece mixaria para o caro leitor? Pois é, mas isso a deixou à frente de nomes como BMW, Kawasaki, Harley-Davidson, Triumph e a própria Suzuki. E este ano chegam os modelos NK 150 (trail) e DR 160 (street urbana), ambas na faixa dos R$ 13 mil, o que deve embalar ainda mais as vendas da Haojue.
A alemã, aliás, foi a quarta marca mais vendida, o que é algo impressionante visto que todos os modelos comercializados no país são de média ou alta cilindrada (310cm³ para cima). A Shineray na quinta posição só é surpresa para quem não acompanha o mercado: a marca chinesa se mantém ali na parte alta da tabela há anos, discreta e eficiente com suas vendas predominantemente feitas no Nordeste.
A Kawasaki em sexto também é ótima notícia. A marca andou patinando no país com alguns lançamentos de pouco sucesso - embora fossem ótimas motos, como a custom Vulcan 900 -, mas acertou em cheio com outras - caso de Versys 300X e a própria Vulcan 650 - e colheu os frutos dessas boas apostas. Atrás dela, em sétimo, vem a Harley-Davidson, em posição estável para uma marca que só vende modelos de alta cilindrada, seguida pela Triumph, em nono, cujos negócios são embalados pela big trail Tiger - você sabia que o Brasil é o país em que mais se vende Tiger 800 no mundo?
Operações encolhidas
Na nona posição, com uma linha cada vez mais enxuta e cada vez mais esquecida até pelo representante oficial, está a Suzuki - que um dia foi a quarta nesse ranking! Todo mundo continua torcendo para que a fábrica japonesa assuma as operações brasileiras e a marca volte a brilhar com as excelentes motos que sempre fabricou. Por fim, nesse ranking das dez primeiras, vem a Dafra, que também já foi a quarta nesse ranking e viu o encolhimento de suas operações nos últimos anos, mas segue viva e quicando - inclusive com dois novos modelos previstos para este ano, o Scooter HD300 e a on/off NH190.
Daí para trás, no ranking, entre as marcas mais conhecidas, a Royal Enfield aparece em 14º (mas este ano deve subir com o crescimento da rede e a chegada das Twins 650, este mês), a Kymco em 15º (olha a JTZ aí de novo), a Traxx em 16º, a Ducati em 17º e a KTM em 19º.
Também é curioso ver que marcas pouco conhecidas do grande público, como Bull, Avelloz, Wuyang, Souza e Atman também figuram entre as 20 mais. Mas surreal, mesmo, é descobrir que a falecida Kasinski emplacou 322 motos em 2019 e aparece em 21º. Agora a Nasa vem estudar o brasileiro!
Confira abaixo o ranking de 2019. A imagem é da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave).
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