Notícias

BMW S 1000 R (Foto: Divulgação) (Foto: Divulgação)

Novidades

Primeiras impressões: BMW S 1000 R

Mais caro que rivais, modelo visa ser o melhor da categoria naked. Conjunto esportivo e controles eletrônicos são trunfos da moto.


Rafael Miotto

G1

07/07/2014 15h27

Com a chegada de novos concorrentes de peso ao Brasil, como Triumph, Ducati e, em breve, a KTM, a BMW mostra mais agressividade em 2014. Um exemplo disso é o lançamento da S 1000 R no país, por R$ 67.900. O modelo da categoria naked (sem carenagens), que deixa os componentes internos mais à vista, desembarca apenas sete meses após sua estreia mundial, no Salão de Milão 2013.

Além dela, a R Nine T, outra novidade apresentada no evento italiano, também acaba de começar a ser vendida. Antes, já haviam sido lançadas R 1200 GS Adventure, K 1600 GTL Exclusive e o scooter C 600 Sport.

A S1000 R segue o sucesso da esportiva S 1000 RR, na qual se baseia. Apesar de as esportivas carenadas atraírem por sua beleza e, quase sempre, alta potência, são sempre uma das piores opções para deslocamentos na cidade e longas viagens.

Devido ao posicionamento extremamente agressivo para a pilotagem radical e motor desenvolvido para ter o melhor funcionamento em altos giros, um simples passeio nesses modelos "racing" pode ser tornar uma tortura. Por isso é comum as fabricantes utilizarem a base de esportivas para a criação de nakeds, mantendo o caráter radical, mas aumentando muito o conforto.

“Nosso objetivo foi o de criar a melhor naked do mercado”, explica Matteo Villano, gerente sênior de vendas da BMW. No entanto, a marca ressalta que a S 1000 R não é apenas uma S 1000 RR “nua” e que mudanças importantes foram realizadas, como novos ajustes no motor, chassi, ergonomia e suspensões.

Concorrentes

O G1 experimentou a moto em roteiro com trechos urbanos e rodoviários, um deslocamento de cerca de 100 km nos arredores de Campos do Jordão, em São Paulo. A S 1000 R puxa o nicho específico das “supernakeds”, ou seja, das nakeds de alta performance. São modelos com visual agressivo e sempre muita cavalaria. Atualmente, a BMW é a mais potente deste segmento, além de ser a mais cara. Ainda este ano, Ducati Monster 1200 e a KTM 1290 Super Duke R estão programadas para entrarem no mercado brasileiro.

Por enquanto, as opções que estão na briga são Kawasaki Z1000, Suzuki B-King, Honda CB 1000R, MV Agusta Brutale 1090 e Triumph Speed Triple. A disputa acaba ficando um pouco desbalanceada pelo valor superior da S 1000 R, porém, a moto também é que oferece o pacote mais completo frente às rivais.

Além do freio ABS, também presente em CB e Speed, a S 1000 R traz avançados controle de tração, modos de potência e suspensão com ajustes eletrônicos. Talvez, o modelo que deva ficar mais próximo da BMW é a KTM, que está por vir, com um conjunto tremendamente radical.

Tirando a ´roupa´

Em busca de fazer "a melhor naked", a BMW realizou uma série de mudanças no conjunto da S 1000 RR. Além de tirar a "roupa" da moto, ou seja, tirar as carenagens completas, a empresa realizou uma série de alterações com o intuito de deixar a moto mais versátil e confortável.

Com motor à mostra, a S 1000 R possui semicarenagens nas laterais e recebeu novo farol.

Apesar de ganhar uma identidade própria, a moto mantém a essência da S 1000 RR em detalhes como a assimetria nos faróis e nas carenagens laterais – sim, os alemães gostam de desenhar cada lado da moto de um jeito.

Como a maioria das motos da BMW, o resultado é o melhor “ame ou odeie”, mas transmite a emoção que o segmento precisa.

Apesar da nova "cara", os detalhes mais importantes da S 1000 R são as novidades em sua geometria e motor. Houve uma redução na inclinação da suspensão dianteira, para melhorar a maneabilidade. O resultado foi positivo, porém, a S 1000 R ainda é um modelo bem esportivo e o seu ângulo de esterço reduzido. Seu entre-eixos foi aumentado em 22 milímetros e a balança – peça que une o chassi a roda traseira – é nova.

Motor ainda é agressivo

Para completar a repaginada, o propulsor de 999 cilindradas e quatro cilindros foi “amansado”. Passou dos 193 cavalos a 13.000 rotações por minuto para 160 cavalos a 11.000 rpm. Enquanto isso, o torque se manteve o mesmo, de 11,42 kgfm, porém, seu nível máximo é atingido a 9.250 rpm, ao passo que na S 1000 RR chegava a 9.750 rpm.

Na prática, isso faz com que a S 1000 R seja uma moto muito mais fácil de ser utilizada. Seu desempenho em baixos e médios giros melhorou em relação à S 1000 RR, não deixando a moto fraca nessa situação, o que é uma boa solução para uso na cidade.

Mesmo assim, o que mais interessa - o comportamento explosivo do tetracilíndrico – ainda esta lá. Se o acelerador eletrônico for girado com contundência, a resposta será brusca e garante uma arrancada incisiva, digna de superesportivas. De acordo com a BMW, o modelo é capaz de fazer de 0 a 100 km/h em 3,1 segundos.

Sobre a velocidade máxima, a fabricante divulga apenas que o modelos pode ultrapassar os 200 km/h, mas, pela força demonstrada, é possível supor que a moto pode ultrapassar em muito essa barreira. Sua agilidade de aceleração ainda é auxiliada pelo

Com tamanha força, também era esperado que o conjunto de chassi, freios e suspensões fossem top de linha, e foi exatamente isso que a BMW fez.

Os comandos efetuados com o guidão são realizados com extrema precisão e, nas curvas, a moto vai exatamente onde o motociclista quer. Mesmo em altas velocidades, o conjunto mantém a estabilidade e, devido à função híbrida da suspensão eletrônica, é possível deixá-la mais rígida ou macia apenas pelo toque em um botão no punho esquerdo.

Outra tecnologia nas suspensões é o Dynamic Damping Control (DDC), que significa "controle dinâmico de amortecimento". Diversos sensores captam informações do terreno e da inclinação da moto, realizando ajustes automáticos nas suspensões, para, segundo a marca, encontrar a melhor calibragem a cada momento.

Eletrônica faz a diferença

Apesar de as mudanças para a S 1000 R a terem tornado uma moto mais aprazível, ainda está longe de permitir uma pilotagem simples. A força bruta tornaria a moto um modelo difícil para os menos experientes, mas isso foi resolvido em partes com a adoção de diversos tipos de controles eletrônicos.

Além da já mencionada suspensão, que auxilia a manter a estabilidade da moto, freios ABS e controle de tração não deixam a moto perder a aderência ao solo em acelerações ou frenagens bruscas, algo que é notado principalmente em asfalto sujo ou molhado.

Para completar, ainda existem modos de pilotagem - Rain, Road, Dynamic e Dynamic Pro. Além de mexerem na entrega de potência do motor, também modificam as níveis de atuação do ABS e controle do tração. A opção Rain (chuva, em inglês) é indicada a pisos de baixa aderência, reduzindo a força da moto e deixando os controles em seus índices máximos.

Os degraus de funcionamento vão subindo até o Dynamic Pro, indicado apenas para a pratica em circuito. Para uma viagem tranquilo o modo Road é adequado, pois, apesar de despejar a potência máxima, a realiza de maneira mais linear, enquanto no Dynamic a potência fala com toda a força.

Quando a BMW pensou em fazer "a melhor naked", não estava brincando. O modelo cumpre o que promete e surpreende, inclusive, por oferecer conforto, sem perder a radicalidade. No entanto, a empresa cobra caro por isso, comparando a outras motos, com conjuntos menos atraentes, é verdade, mas preços competitivos.

Uma solução para tornar a S 1000 R seria a montagem do modelo em Manaus, possibilidade que a marca ainda estuda e vai depender em partes pela recepção da moto pelo público brasileiro.

http://g1.globo.com


Notcias relacionadas

Suzuki GSX-8T e GSX-8TT: O Retorno dos Clássicos Modernos com Estilo Retro

Dicas Imperdíveis para Motociclistas

Nova cor do modelo Zontes R350 chega ao Brasil

Novidades! Kawasaki Versys 1100 SE Grand Tourer 2026

Antecipando novidades! Kawasaki apresenta a nova Ninja ZX-4RR no Brasil: performance extrema em um quatro cilindros de 400cc

Yamaha MOTOROID2 ganha o prestigiado prêmio de design Red Dot

Festival Interlagos 2025: Seis Motocicletas Inovadoras que Prometem Agitar o Evento

A Nova Era da Mobilidade: 2W Motors Apresenta a Vespa e Piaggio no Brasil

A Revolução Sobre Duas Rodas: A BMW R 1300 GS Adventure Chega ao Brasil!

CADASTUR: A Importância da Regulamentação no Turismo

Mototour - Seu portal em duas rodas, Motos, Encontros de Motociclistas, Moto Clube e muito mais...

Todos os Direitos Reservados