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Triumph Street Triple (Foto: Flavio Moraes/G1)

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Primeiras impressões: Triumph Street Triple

Moto chega ao Brasil para competir com a Honda Hornet por R$ 31.900. Conjunto é acertado, mas potência foi reduzida a 85 cavalos.


Rafael Miotto

G1

22/05/2013 13h06

A nova Triumph Street Triple começa a ser vendida no Brasil em junho por R$ 31.900. Esta novidade chega para ser, juntamente com a Tiger 800XC, uma das motos-base da operação da empresa no país, onde retornou atividades no ano passado. Com previsão de vendas de 500 unidades até o final do ano, a Street pode superar a aventureira 800XC e se tornar o modelo mais vendido da marca no Brasil.

Atrativos e preço para isso a moto, que teve a estreia da nova geração no Salão de Colônia 2012, tem. Com pacote que inclui freios ABS de série, a Street é a mais barata entre as concorrentes diretas. A Honda CB 600F Hornet, sem ABS, custa R$ 31.990, e Kawasaki Z800 e Suzuki GSR 750 cobram valores mais altos por seus conjuntos (veja tabela na reportagem) – mesmo com cilindradas maiores, disputam mercado com a inglesa Triumph e a Hornet. No entanto, para ser vendida no país, a Street teve redução em sua potência.

“Tivemos de alterar todo o sistema de escape para se adequar as normas de emissões de ruído e poluentes no Brasil”, explica Claudio Peruchi, gerente de pós-vendas da Triumph no Brasil. O resultando foi uma redução de “cavalaria” para 85,1 cavalos, enquanto no exterior o tricilíndrico pode alcançar até 105 cavalos. De acordo com a empresa, esta foi a melhor solução encontrada.

Outras opções, que não afetariam tanto a potência, resultariam em alterações estéticas na Triple. Algo semelhante ao que foi feito na Ducati 1199 Panigale no Japão, com um escape longo subindo em direção à rabeta. “Isto iria descaracterizar o produto”, explica Marcelo Silva, gerente geral da empresa no Brasil. O G1 rodou com o modelo em circuito fechado em Mogi-Guaçu, em São Paulo.

Ao lado da Daytona 675R, que também foi apresentada nesta terça-feira (14), a Street se junta à Tiger 800XC, T100 Boneville e Speed Triple como modelos montados pela empresa britânica em sua fábrica em Manaus. As peças da Street Triple são produzidas pela Triumph na Tailândia e chegam ao Brasil pelo sistema CKD, com o conjunto completamente desmontado – Complete Knock Down.

Mudanças no modelo

Como a Triumph ficou sem comercializar motos no Brasil por cerca de dois anos, devido ao término da parceria com o Grupo Izzo, a versão anterior da Street Triple não chegou a ser vendida no país. Apenas o modelo que ainda tinha faróis redondos já rodou por aqui e agora volta para brigar no segmento das nakeds.

Este segmento é composto, em sua maioria, por motos de características esportivas, mas sem carenagens – ou seja, “nuas”, em inglês. Além de modelos mais radicais, existem as chamadas naked clássicas, como a Bonneville ou a Honda CB 1100, que prezam por um visual retrô. O que não é o caso da Street Triple.

Apesar de ser uma autêntica britânica, para enfrentar as rivais japonesas, a Triumph deu uma cara mais oriental à moto. A empresa aposentou os seus tradicionais faróis dianteiros redondos, dando lugar a contornos mais angulosos.

A alteração não é novidade desta versão 2013 – os novos faróis foram adotados já no modelo 2012, que não veio ao país. Na nova geração, muitas características visuais foram mantidas, mas o escape saindo fixado na parte inferior da moto e as novas aletas foram as mais impactantes. “Apesar de parecer muito com o modelo antigo, a moto é toda nova”, explica Claudio Peruche.

No pacote estão novo chassi, feito de alumínio, e o motor – o pistão foi alterado e houve o redimensionamento de peças internas. Segundo a fabricante, a média do consumo da Street Triple vai de 13 km/l a 19 km/l.

Na pista

O teste foi dividido em três baterias de oito minutos no Autódromo Velo Città, com 3.430 metros de extensão. São 14 curvas traçadas em um trajeto com subidas e descidas. Ao subir na moto, a primeira impressão foi de uma ergonomia menos radical do que se costuma ver em nakeds.

Apesar de seu visual agressivo, a Street mostrou conforto, o que foi confirmado durante o deslocamento - mais que sua irmã maior, a Speed Triple. Os braços relaxados, mas as pernas já ficam mais flexionadas, com pedaleiras fixadas mais para trás que modelos sem pretensões “racing” – mas não de modo exagerado. Destaque para o bom encaixe das pernas no tanque, proporcionando firmeza, à medida que a velocidade aumenta.

Esta situação de pista não pode ser considera ideal para saber como a moto se comporta na rua e em estradas, mas por outro lado, serviu para ver que a Street Triple está preparada para situações extremas. Em frenagens bruscas, os freios se mostraram bem dimensionados para a moto e a ajuda do ABS, que evita o travamento das rodas, traz mais tranquilidade e segurança na condução.

Sua atuação é precisa e não muito intrusiva; ainda há a opção de desligá-lo para uma pilotagem mais agressiva. O procedimento deve ser feito por comandos no painel, sempre com a moto parada. Na dianteira são dois discos de 310 mm, enquanto a traseira tem um disco de 220 mm.

As suspensões mostraram firmeza, mesmo em curvas mais rápidas. A Street possui sistema do tipo invertido na dianteira e monoamortecedor com regulagens na traseira - não foi possível testra seu comportamento sobre piso com irregularidades. O conjunto permite deitar até as pedaleiras rasparem, dando a impressão de que se os limitadores - apêndices localizados abaixo das pedaleiras - não estivessem ali, a moto poderia inclinar ainda mais.

Motor de três cilindros

A marca registrada da Triumph são os seus motores de três cilindros, presentes em todas motos de sua gama, exceto na clássica Boneville e na custom Thunderbird, que trazem motores de dois cilindros. Seguindo esta tradição, a Triple traz um tricilíndrico de 675 cilindradas, com refrigeração líquida e injeção eletrônica.

Não é possível prever como seria o seu despenho caso tivesse os 105 cavalos da Street no Reino Unido, mas com certeza deve ser mais “nervoso”. No entanto, o destaque dos motores de três cilindros é apresentar a força ou torque em rotações médias ao contrário das “tetra” que falam mais em alto giros. O torque da versão brasileira também caiu, são 6,9 kgfm no exterior, contra 6,1 kgfm. Apesar da perda, o despenho na pista foi interessante e não é necessário manter o giro muito alto para uma condução confortável.

Desse modo, as trocas de marchas não são solicitadas a todo momento, como ocorre em modelo de quatro cilindros. É possível esperar um bom desempenho do motor para o uso na cidade e estrada. Já na pista, o tricilíndrico mostrou linearidade e poder suficiente para ultrapassar os 200 km/h.

Conclusão

Com um bom acabamento e ABS de série, a Street Triple deve mexer com mercado e pode provocar alterações de preços dos concorrentes. Além dos modelos citados, também poderá roubar compradores da F 800 R, uma naked com motor dois cilindros da BMW, e da Yamaha XJ6N. Apesar de ter motor de quatro cilindros, a XJ é mais branda, com 77 cavalos de potência.

Apesar da redução de potência, a moto possui um comportamento atrativo e, devido ao peso e centralização das massas, é fácil de conduzir e permite trocas de direção com agilidade. Seguindo os 8 modelos recentemente lançados no Brasil, a Triumph confirmou ao G1 que terá mais novidades no Salão Duas Rodas 2013. Entre as possibilidades, está a Street Triple R, versão com freios e suspensões mais requintados da naked.

Triumph Street Triple (Foto: Flavio Moraes/G1)

http://g1.globo.com


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