Toda nudez será recompensada

Atenção, súditos da casa de Akashi: lembram-se da Kawasaki Z900 apresentada no Salão Duas rodas de São Paulo, no ano passado? Ela está entre nós! A naked foi apresentada virtualmente, como convém aos tempos atuais, em uma live na manhã de hoje, e desde j'temos pelo menos uma certeza: o que era bom ficou melhor.

A Z900 mudou em algumas aspectos nessa linha 2021. Mantém o visual bastante agressivo, mas harmonioso e sem excessos. Toda a iluminação agora é com LEDs e o farol tem novo desenho, com moldura externa redesenhada, enquanto o tanque (que mantém a capacidade de 17 litros) tem novas abas laterais. A acentuada diferença de altura entre as duas seções do banco permanece a mesma, assim como a rabeta curtinha, o para-lama dianteiro, as rodas e até a ponteira de escape - que, se na aparência é a mesma, por dentro mudou e agora exibe um ronco mais encorpado e grave.

Motor não mudou

O chassi não mudou, mas foi reforçado na parte posterior, perto do encaixe com a balança. E o motor é o mesmo quatro-em-linha de antes, com comando duplo no cabeçote, 16 válvulas, 948cm³ de capacidade cúbica, 125cv de potência a 9.500rpm e 10,1kgfm de torque a 7.700rpm.

A novidade aqui é a posição mais inclinada à frente dos quatro corpos de injeção, o que promete dar mais equilíbrio à mistura ar/combustível e, com isso, uma entrega de força mais linear. Resumo de tudo: temos uma (ótima) mudança de meia-vida, mas não uma nova geração.

Outras especificações da moto são câmbio de seis marchas com secundária por corrente, suspensão dianteira invertida com 12cm de curso e ajuste na pré-arga da mola e traseira monochoque com curso de ótimos 14cm e ajustes na pré-carga. Os pneus são 120/70 R17 na frente e 180/R55 R17 atrás. A moto ganhou peso: tem 212kg em ordem de marcha, 2kg a mais que antes.

Painel de TFT

Mas há alguns baratos bem legais. O novo painel de instrumentos, por exemplo. Sai o anterior, de frente abaulada e conta-giros analógico, e chega uma tela retangular de TFT colorida e com 4,3 polegadas com mais informações e possibilidades - tem até conexão Bluetooth, pela qual o piloto acessa um aplicativo chamado Rideology, que permite fazer ajustes na moto, fornece informações sobre a moto, registra outras tantas como percursos e distâncias percorridos, exibe alertas de chamadas e de mensagens no smartphone pareado e permite selecionar algumas configurações, como o modo de pilotagem. Um luxo!

Outra novidade tecnológica é a possibilidade de escolha entre dois modos de entrega de potência, reduzida ou máxima. A primeira limita em 55% a potência disponível, algo ali perto de 70cv. A máxima solta a cavalaria total. Há, também, os quatro modos de pilotagem - sport, road, rain e rider, este personalizável para ajustar o controle de tração e o modo de pilotagem. Estes trabalham junto com os dois modos de potência dosando a potência a ser entregue, a forma como ela é despejada e interferência do controle de tração (o manjado KTRC da marca).

Aqui você vêm um vídeo feito em estúdio, que mostra bem os detalhes da nova Kawasaki Z900:

Quanto vale o show?

E o preço do brinquedo? Bom, subiu. Se a linha 2020 custava R$ 43.500, essa nova chega por R$ 47.990 mais frete - efeito direto do dólar nas alturas, já que a moto é montada em Manaus, mas as peças vêm de fora. No entanto, um primeiro lote (a Kawasaki não disse de quantas unidades) será vendida por R$ 45.990. A pré-venda começa amanhã, dia 8 de julho, e vai até o dia 31 de julho. As entregas estão previstas para agosto. Quem investir provavelmente não se arrependerá: a Z900 sempre foi uma moto muito divertida de se pilotar e desfilar a nudez dessa 2021 certamente recompensará o piloto com muita adrenalina e prazer.

Logo abaixo o caro leitor pode ver mais fotos da nova Z900, assim como um vídeo da moto acelerando furiosamente na pista!