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Para cada moto nova emplacada, 2,52 usadas são negociadas (Foto: Divulgação)

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Venda de motos usadas continua em alta

Para cada modelo novo emplacado em 2016, 2,52 usados foram negociados


Aldo Tizzani

Agência INFOMOTO

26/08/2016 19h21

As vendas de motos zero quilômetro despencaram nos últimos anos. O mercado encolheu tanto que os números de hoje são próximos aos alcançados há uma década. Segundo dados da Fenabrave – entidade que reúne os distribuidores de veículos -, o segmento de duas rodas deve encerrar o ano com 1.120.520 unidades emplacadas, retração de 12% em comparação a 2015 (1.273.250 unidades). Se o mercado de motos novas não vai bem, o de modelos usados apresenta números mais otimistas.

Na média dos primeiros sete meses do ano, para cada moto nova vendida, 2,52 usadas foram comercializadas em todo o território nacional. Ano passado, a proporcionalidade entre usadas e novas era de 2,16.

No acumulado deste ano, 1.575.153 motos usadas trocaram de mãos. No mesmo período, somente 626.192 motocicletas zero foram licenciadas. As usadas mais procuradas, com 53,07% do total, têm até seis anos de uso. Nesta faixa, quase 836 mil unidades foram repassadas para novos proprietários (veja tabela completa abaixo).

Há alguns fatores que aceleraram o aquecimento das vendas de usadas e seminovas. Por exemplo, o menor preço em comparação com um modelo novo. Outro fator é o baixo índice de aprovação de crédito junto às instituições financeiras para aquisição de um modelo “0KM”. “No mercado de usadas há a possibilidade de uma negociação individualizada, sem intermediários, na qual existe certa flexibilização para fechar o negócio”, afirma Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave.

Além da compra à vista e a contratação de um financiamento, muitos lojistas e concessionárias adotaram o cartão crédito como alternativa. Algumas lojas parcelam a moto (nova e até usada) em até 12 vezes direto no cartão.

Oportunidade

Para o consultor de vendas Marcelo Camargo, o mercado de motos usadas é uma oportunidade para o consumidor subir de categoria ou adquirir um modelo com menos anos de uso. “Este motociclista busca uma atualização de seu bem até chegar numa zero. Uma moto mais nova exigirá menor gasto com manutenção”, explica Camargo. O consultor da concessionária Suzuki Nacar afirma que os modelos entre R$ 15 mil a R$ 30 mil estão em alta.

O vendedor Thiago dos Santos, da loja paulistana Avant Motos, é especializado em motos pequenas e nacionais entre 110 a 500cc. “No primeiro semestre vendemos, em média, 40 motos/mês. Nosso maior volume de vendas está nos modelos street direcionados para o trabalho”, afirma Santos.

Vendas de motos usadas - Período de Janeiro a Julho 2016*

Moto Grupo Volume Participação sobre o total Proporcionalidade (Usados para um novo)

2013 a 2016 até 3 anos 337.409 21,42% 0,54

2010 a 2012 de 4 a 6 anos 498.549 31,65% 0,80

Outros Mais de 6 anos 739.195 46,93% 1,18

TOTAL 1.575.153 100,00% 2,52

* Fonte Fenabrave

BOX:

Cinco dicas para comprar uma moto usada e ser feliz:

Se a documentação da moto que está em seus planos estiver em dia e a numeração do chassi não apresentar nenhum tipo de alteração, o importante agora é verificar alguns itens da parte mecânica e também da estética do modelo escolhido:

1) Com a moto em funcionamento, verifique se há algum barulho estranho no motor, vazamentos nas juntas ou queimando óleo. Se o motor soltar fumaça branca é sinal de problemas sérios.

2) Se a moto ficou parada por muito tempo sem os devidos cuidados pode haver entupimentos ou trincas nas mangueiras, a bomba de combustível (ou de água, se houver) também pode apresentar defeitos. Ou seja, nem sempre a moto que rodou pouco é sinônimo de bom negócio.

3) É fundamental fazer um test-ride. Assim o futuro proprietário poderá avaliar e conferir a estabilidade, o comportamento das suspensões e a eficiência do sistema de freios.

4) Verifique trincas na pintura e pequenos amassados no tanque, paralamas e rabeta. Tais sinais podem indicar quedas. Verifique pontos de ferrugem, condições do kit de transmissão (corrente, coroa e pinhão), parte elétrica e pneus. Preste atenção também às pedaleiras, manoplas e manetes, caso estejam muito gastos podem indicar alta quilometragem. Não confie somente no hodômetro.

5) Se o vendedor apresentar o Manual do Proprietário e a chave reserva é sinal que ele era cuidadoso. Outro sinal de boa manutenção pode ser conferido no uso de componentes originais como os pneus, por exemplo.

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